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sábado 23 novembro 2024
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Dilma nega interferência de Lula em seu governo, ao depor sobre Zelotes

Ex-presidente também negou intermediações com representantes da Suécia sobre aviões

Ex-presidente também negou intermediações com representantes da Suécia sobre aviões | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP

Ex-presidente também negou intermediações com representantes da Suécia sobre aviões | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) negou que o ex-presidente Lula tenha exercido interferência em decisões de seu governo. Ela prestou depoimento nesta quinta-feira, na sede da Justiça Federal de Porto Alegre, em processo que tramita na 10ª Vara Federal de Brasília, no qual Lula é réu na Operação Zelotes. Dilma depôs por videoconferência, na condição de testemunha arrolada pelo Ministério Público Federal. A ex-presidente não permitiu que fossem feitas imagens da audiência e deixou o local sem dar entrevistas.

Conforme a acusação do MPF, o ex-presidente Lula teria atuado para garantir a compra de caças suecos e manter a prorrogação de incentivos para a indústria automotiva durante a gestão Dilma. Nos dois casos, sustenta o MPF, teria ocorrido a atuação de um escritório de lobby que teria feito pagamentos a um filho de Lula. “O presidente Lula jamais interferiu em nenhuma atitude do meu governo, ele tinha esse respeito”, respondeu Dilma, ao ser interrogada sobre a prorrogação dos incentivos para as montadoras.

Ela também negou que Lula tenha praticado qualquer intermediação para a realização de reuniões suas com representantes da indústria bélica da Suécia. “O presidente Lula jamais intermediou esse tipo de situação comigo. Nem quando eu era chefe da Casa Civil ele interferia em decisão que era da minha área”, frisou.

Dilma afirmou que sua escolha pelo fornecedor sueco levou em conta o custo da compra, os gastos que existiriam com manutenção e a transferência de tecnologia do processo. Sobre a prorrogação do incentivo fiscal, a ex-presidente argumentou que o objeto foi incluído na Medida Provisória (MP) 627, de 2013, relatada por Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da Câmara que está preso na Lava-Jato. Dilma afirmou que foram incluídas diversas emendas nessa MP, que ela vetou por terem impacto direto na arrecadação.

Correio do Povo




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