A certeza da dúvida
Alguém vem e nos conta uma história. Nessa história há um fundo moral extremo.
Algo que envolve um desejo de vingança, dentro de uma situação da qual nem sequer tomamos qualquer conhecimento além do que estão nos passando, da metade horrível e enfadonha.
Mas o que faríamos se fôssemos a outra metade?
A vida nos ensina a não julgarmos as pessoas, mas estamos sempre fazendo (mal) juízo delas.
E por mais que isso nos pareça errado, fazemos.
E quando nos julgam, nos iramos; achamos um absurdo!
E quando nos revoltamos, esquecemos as tantas vezes em que julgamos as pessoas; criticamos situações sem que tenhamos o pleno conhecimento. Somos sempre o espelho do próximo, portanto, o quanto errarmos, induziremos ao erro mais ainda.
Não propague coisas de fôro íntimo, por mais revoltante que às vezes nos parêça.
Isso apenas alimenta a certeza da dúvida.
Não é possível sustentar apenas a versão da água, sem que possamos dar ouvidos ao copo.
Marcelo Etiene.
