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sexta-feira 22 novembro 2024
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O monge e o escorpião

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.

O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.

Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio.

Em seguida pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou pela segunda vez.

Depois se juntou aos seus discípulos na estrada.

Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

Mestre, o Senhor deve estar muito doente!

Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso?

Que se afogasse! Seria um a menos!

Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava!

Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

Para sua reflexão: O escritor e ensaísta francês Joseph Joubert (1754-1824), em seu livro Pensamentos, escreveu:

“A razão nos adverte do que devemos evitar; somente o coração nos diz o que devemos fazer”.

Quem tem a índole de cooperar, de ajudar, de compreender nunca diz “eu contra o outro”, sim, até onde for possível, “eu e o outro”.

O arquétipo alteralista constitui uma alternativa ou complemento equilibrador do arquétipo do Pai (que é unilateral, tendencialmente egoísta e excludente dos outros).




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