Plenário teve 59 votos favoráveis e 12 contrários ao procurador após mais de dez horas de sabatina
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil / CP
O Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, a recondução ao cargo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Foram 59 votos favoráveis e 12 contrários, com uma abstenção. Janot passou por mais de dez horas desabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) antes de obter a aprovação com 26 votos favoráveis e um contrário.
A sabatina começou às 10h30min e seguiu até por volta das 20h. Janot comentou que os episódios de corrupção descobertos recentemente contribuíram para a queda, este ano, do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). No momento mais tenso da sabatina na CCJ, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) teria sussurrado xingamentos ao chefe do Ministério Público Federal.
O procurador-geral da República também defendeu enfaticamente a delação premiada como instrumento decisivo nas investigações para desmontar poderosas organizações criminosas. Ele destacou que a Itália conseguiu desativar a Máfia a partir das revelações do delator Tommaso Buscetta, nos anos 1980. “Só foi possível o desbaratamento da máfia italiana com a colaboração.” Buscetta, um dos mais importantes membros da Cosa Nostra, máfia siciliana, foi preso pela Polícia Federal em São Paulo, em 1983. Ele estava residindo no Morumbi havia alguns anos, quando foi descoberto pela PF. Em troca do perdão judicial, o “arrependido” Buscetta fez acordo de delação com autoridades italianas e apontou dezenas de criminosos. Morreu em Nova York, em 2000. “Ele entregou a estrutura criminosa daquela organização”, disse o chefe do Ministério Público Federal brasileiro ao Senado.
O procurador também foi perguntado sobre a questão da criminalização do porte de drogas. O Supremo Tribunal Federal está analisando ação sobre o tema e vai decidir se pessoas flagradas com drogas em quantidades suficientes para consumo próprio devem ser presas. Janot lembrou que já se pronunciou nesse processo contra a descriminalização do porte de drogas, mesmo em pequenas quantidades. Para ele, isso abriria brecha para o crime organizado contratar usuários para a venda de todos os tipos de drogas.
A sabatina começou às 10h30min e seguiu até por volta das 20h. Janot comentou que os episódios de corrupção descobertos recentemente contribuíram para a queda, este ano, do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). No momento mais tenso da sabatina na CCJ, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) teria sussurrado xingamentos ao chefe do Ministério Público Federal.
O procurador-geral da República também defendeu enfaticamente a delação premiada como instrumento decisivo nas investigações para desmontar poderosas organizações criminosas. Ele destacou que a Itália conseguiu desativar a Máfia a partir das revelações do delator Tommaso Buscetta, nos anos 1980. “Só foi possível o desbaratamento da máfia italiana com a colaboração.” Buscetta, um dos mais importantes membros da Cosa Nostra, máfia siciliana, foi preso pela Polícia Federal em São Paulo, em 1983. Ele estava residindo no Morumbi havia alguns anos, quando foi descoberto pela PF. Em troca do perdão judicial, o “arrependido” Buscetta fez acordo de delação com autoridades italianas e apontou dezenas de criminosos. Morreu em Nova York, em 2000. “Ele entregou a estrutura criminosa daquela organização”, disse o chefe do Ministério Público Federal brasileiro ao Senado.
O procurador também foi perguntado sobre a questão da criminalização do porte de drogas. O Supremo Tribunal Federal está analisando ação sobre o tema e vai decidir se pessoas flagradas com drogas em quantidades suficientes para consumo próprio devem ser presas. Janot lembrou que já se pronunciou nesse processo contra a descriminalização do porte de drogas, mesmo em pequenas quantidades. Para ele, isso abriria brecha para o crime organizado contratar usuários para a venda de todos os tipos de drogas.
Fonte Correio do povo.