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sábado 23 novembro 2024
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Dilma se reúne com 23 ministros para preparar base de embate político

Deputados da base aliada ingressaram no STF com liminares para anular decisão de Eduardo de aceitar pedido de impeachment

Dilma se reúne com 23 ministros para preparar base de embate político | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP

                                        Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP
A presidente Dilma Rousseff está reunida, neste momento, com 23 ministros no Palácio do Planalto. A reunião começou às 16h20. A assessoria confirma também a presença do senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso Nacional.

Este tipo de reunião, com mais da metade de seus auxiliares diretos, costuma não ocorrer normalmente. Todas as semanas, Dilma comanda a chamada reunião de coordenação política, com a participação normalmente de, no máximo, quinze ministros de diferentes partidos que compõem a base aliada da presidente e que representam suas bancadas no Congresso Nacional.

De acordo com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a reunião servirá para preparar a base “para esse embate político que está começando”. Embora deputados da base aliada já tenham ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com liminares que objetivam anular a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de aceitar um pedido de impeachment, a avaliação do governo é que será preciso fazer um embate jurídico, mas também político com relação ao tema. Entre os ministros que participam da reunião estão o da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, além de Wagner.

Em entrevista a jornalistas nesta manhã, Wagner acusou Cunha de ameaçar e chantagear o governo com a possibilidade de acatar a abertura de impeachment e disse que o presidente da Câmara age “no tapetão”, pois a barganha não garantiu o apoio que ele precisava para se livrar de um processo no Conselho de Ética. Em declaração, Cunha disse que a presidente da República Dilma Rousseff  “mentiu à sociedade” ao afirmar, em pronunciamento em rede nacional, que seu governo não participa de “barganhas” com o Congresso.

Nesta tarde, o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP) fez a leitura de documentos relativos ao pedido de impeachment de Dilma, aceito nessa quarta-feira por Cunha. Agora, o presidente da Casa está lendo decisão favorável à abertura de processo de cassação.

Participam da reunião os ministros da Defesa, Aldo Rebelo; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera; da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva; da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha; do Esporte, George Hilton; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Secretaria de Portos da Presidência da República, Helder Barbalho; do Turismo, Henrique Eduardo Alves; da Casa Civil, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu; da Saúde, Marcelo Castro;  do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto; da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini; das Comunicações, André Figueiredo; da Cultura, Juca Ferreira; da Educação, Aloizio Mercadante; da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams; das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos,
Nilma Lino Gomes; do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias; e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Correio do Povo



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