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domingo 24 novembro 2024
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Taurus esclarece denúncia contra executivos sobre suposta venda de armas ao Iêmen

Fabricante salientou que determinou retenção da mercadoria ao saber de suspeitas contra Fares Mana’a

Fabricante salientou que determinou retenção da mercadoria ao saber de suspeitas contra Fares Mana´a | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP Memória

 Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP Memória

A fábrica de armamentos Forjas Taurus divulgou nota oficial, nesta segunda-feira, esclarecendo sua posição quanto à denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra dois dos seus executivos. A ação em questão, trata de um carregamento de 8 mil armas que teria sido negociado para venda ao Djibouti, mas que teria sido desviado para o Iêmen, país que sofre sanção internacional para aquisição de armamentos. Conforme a Taurus, foi determinada a retenção de mercadoria em trânsito e colocado à disposição para o governo do Djibouti a devolução dos valores pela transação comercial.

Pistolas e revólveres teriam sido negociadas, violando sanções internacionais que impedem a entrada de equipamentos bélicos no país. As transações com Fares Mohammend Hassan Mana’a teriam ocorrido ainda em 2013. Ele opera na região do Chifre da África nos últimos dez anos. Documentos citados no processo indicam que as armas seriam supostamente enviadas pela Taurus ao Dijbouti, mas acabaram redirecionadas para Mana’a.

“Conforme veiculado pela mídia, existe uma ação penal que tramita sob segredo de Justiça na 11ª Vara Federal de Porto Alegre, contra dois ex-funcionários da Companhia e um cidadão iemenita, por suposta venda irregular de armas, no ano de 2013, para o Governo do Djibouti, cujo destino final seria o Iêmen”, aponta o comunicado da Taurus. A empresa salienta que pediu para ser habilitada no processo na “condição de interessada, com o objetivo de bem esclarecer ao juízo sobre os fatos de seu conhecimento e prestar o apoio necessário nas investigações”.

De acordo com a Taurus, a exportação de armas leves e de uso civil para o governo do Djibouti observou “todos os procedimentos legais aplicáveis” com “todas as autorizações e licenças necessárias à época para efetivação da operação”. A companhia salienta, ainda, que “não existe hoje qualquer tipo de restrição ao comércio com o Djibouti”.

Correio do Povo




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