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sábado 23 novembro 2024
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Fachin diz que STF definirá rito do processo de impeachment

Ministro suspendeu tramitação do pedido na Câmara até Corte julgar recurso do PCdoB

Ministro suspendeu tramitação do pedido na Câmara até Corte julgar recurso do PCdoB | Foto: Carlos Humberto / STF / CP

                                              Foto: Carlos Humberto / STF / CP
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou nesta quarta-feira que vai propor ao plenário da Corte, no dia 16, o rito que deverá ser seguido pelo Congresso para dar continuidade ao procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista após a sessão do tribunal, Fachin comentou que sua decisão de suspender a tramitação do processo não interferiu nas deliberações do Legislativo.

Nessa terça, o ministro suspendeu a tramitação do pedido de impeachment de Dilma até  a Corte julgar, a pedido do PCdoB,  a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment. Segundo o ministro, seu voto permitirá que o processo possa continuar sem questionamentos sobre sua legalidade.

“O Supremo é, antes de tudo, o guardião das regras do jogo. Dentre os questionamentos que o STF recebeu está esse de saber se na composição, na escolha dos membros da comissão, a votação deve ser aberta ou secreta”, apontou. “Portanto, entendi que a matéria merece uma deliberação do pleno. Vou propor, em relação ao exame de constitucionalidade e da recepção, do todo e em parte da lei de 1950, o rito que vai do começo ao fim do julgamento no Senado.”

Sobre a manutenção da validade dos atos praticados até o momento, como a eleição da chapa oposicionista da comissão especial, Fachin declarou que, em tese, os atos devem ser mantidos, por terem ocorrido antes do julgamento da Corte. No entanto, a decisão caberá ao plenário. Mais cedo, os ministros Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio defenderam a decisão de Fachin.
Correio do Povo




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