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sexta-feira 1 novembro 2024
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Ataque deixa 60 mortos e mais de 100 feridos em Nice, no Sul da França

Crédito: Reprodução de TV

Um ataque com um caminhão na cidade de Nice, no sul da França, deixou dezenas de mortos e feridos nesta quinta-feira (14), quando a multidão comemorava o feriado da Tomada da Bastilha, maior festa nacional. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério do Interior, ao menos 84 pessoas morreram, incluindo várias crianças, e há 18 feridos com gravidade.

O número foi atualizado pelo porta-voz do ministério, Pierre-Henry Brandet, segundo o jornal francês “Le Figaro” e a agência “AFP”.

O presidente francês, François Hollande, afirmou em Paris que o “caratér terrorista do ataque não pode ser negado“.

Logo após a queima de fogos do dia 14 de julho, um caminhão atropelou as pessoas que enchiam uma avenida à beira-mar  por volta das 23h (horário local). Segundo testemunhas, enquanto avançava contra a multidão, o motorista abriu fogo contra as pessoas que estavam no local. Ele ainda desceu do veículo e efetuou mais disparos contra a população. De acordo com o Ministério do Interior, o motorista foi morto a tiros por forças de segurança.

O motorista do caminhão teria percorrido 2 quilômetros atropelando as pessoas, fazendo zigue-zague para atingir o maior número possível de vítimas. Documentos dentro do veículo pertencem a um francês de 31 anos com cidadania tunisiana. Ele seria morador de Nice. Também foram achadas metralhadoras e granadas dentro do veículo.

Ainda não se sabe quantas pessoas teriam participado do ataque, mas até o momento acredita-se que ele tenha agido sozinho.

O Itamaraty disse que até o momento não há informações sobre vítimas brasileiras no ataque

 

 

Dezenas de corpos

No local do ataque, conhecido como Passeio dos Ingleses, na orla de Nice, foi montado um amplo perímetro de segurança, com a presença de tropas militares e grupos especiais da polícia, constatou a AFP.

“Foi um ato criminoso que deixou dezenas de mortos”, declarou o secretário regional do Interior, Sébastien Humbert, ao canal BFMTV.

Houve pânico durante o ataque e vídeos publicados nas redes sociais mostram centenas de pessoas correndo no centro da cidade. Taxistas ajudaram gratuitamente a retirar as pessoas que estavam na área do ataque.

Os moradores de Nice e as autoridades locais iniciaram uma campanha de solidariedade pelas redes sociais para que as pessoas que estiveram nas ruas encontrem um refúgio após o atentado. Muitas pessoas ofereceram suas casas com a “hashtag” #PortesOuvertesNice (portas abertas em Nice) como um refúgio noturno para quem está nas ruas.

Arte/UOL

França como alvo de ataques

O atentado se junta a outros dois grandes ataques ocorridos na França, na capital Paris, nos últimos meses: o ataque à redação do jornal “Charlie Hebdo” em 7 de janeiro de 2015, que deixou 12 mortos, e os atentados coordenados de 13 de novembro do ano passado, onde 130 pessoas morreram.

O primeiro foi cometido por dois irmãos ligados à Al-Qaeda e o segundo, realizado em localidades diferentes –como a casa de shows Bataclan e os arredores do estádio Saint-Denis–, foi organizado pelo Estado Islâmico.

O atentado em Nice ocorre em um contexto de ameaça terrorista muito elevada, especialmente na França, envolvida em ações militares na Síria contra o Estado Islâmico. O país acaba de sediar a Euro 2016 em meio aos temores de ataques e chegou a cogitar partidas em estádios sem o público presente –o que não ocorreu.

Estado de emergência terminaria no fim de julho

O massacre também acontece menos de duas semanas antes do final programado para o estado de emergência na França, previsto para o dia 26 de julho. No entanto, Hollande afirmou em pronunciamento à nação que vai prolongar em três meses as medidas de emergência. A proposta precisa ser aprovada pelo Congresso francês.

(Com agências internacionais)

 

https://www.youtube.com/watch?v=GCSYL9qU0vQ

UOL




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