Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil
O presidente do Congresso Nacional, senador Calheiros, em reunião com governadores e vice-governadores Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje (1º) que a solução para doenças como dengue, chikungunia e zika está na produção de vacinas contras os vírus que as transmitem. Segundo Alckmin, as pesquisas para a vacina conta o zika vão começar em breve e os testes com voluntários para a imunização contra os quatro tipos de dengue, também.
“Só tem um caminho hoje: é, de um lado, combater o agente transmissor, a água parada, os criadouros [do mosquito Aedes aegypti] e, de outro, é a vacina. Então, a vacina da dengue nós esperamos agora, em fevereiro, já iniciar a vacinação com voluntários no Hospital das Clínicas de São Paulo contra os quatro tipos de vírus, e acelerar a pesquisa de outra vacina que é em relação ao zika vírus”, afirmou.
De acordo com o governador, doenças provocadas por vírus têm dinâmica das provocadas por outros agentes, como bactérias, e requerem mais atenção à saúde para manutenção da vida, uma vez que são mais difíceis tratar. “Se você for verificar rubéola, sarampo, gripe, poliomielite, tudo que é vírus, o caminho é vacina. Porque não há tratamento como existe para outras doenças bacterianas”, afirmou.
No caso da dengue, a vacinação começa neste mês, com testes em 18 mil pessoas em 12 estados brasileiros. Segundo Alckmin, no entanto, a vacina contra o zika deve demorar anos para ficar pronta, porque as pesquisas ainda vão começar. “A dengue está muito avançada, porque já fizemos as fases 1 e 2 e vamos para a última fase no Instituto Butantã.Com o Zika vírus, vai começar o trabalho: é outra vacina, outro vírus, embora com o mesmo transmissor.”
Alckmin esteve em Brasília para participar de reunião com mais 24 governadores com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na véspera da abertura do ano legislativo. Os governadores levaram a Renan uma pauta de reivindicações, que, segundo eles, podem ajudar a resolver os graves problemas financeiros que os entes federados enfrentam por causa da crise.
Edição: Nádia Franco