


| Foto: Fellipe Sampaio/STF/CP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu licença ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para fazer uma ‘brincadeira’ durante o interrogatório nesta terça-feira, na ação penal da trama golpista.

‘Posso fazer uma brincadeira?’, perguntou o ex-presidente. ‘Eu perguntaria a seus advogados antes’, respondeu Moraes. ‘Eu gostaria de convidá-lo pra ser meu vice em 2026‘, brincou Bolsonaro, dando risada. ‘Eu declino novamente’, antagonizou Moraes.
O ex-presidente está inelegível até 2030. Ele foi condenado pela reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022, para disseminar mentiras sobre o sistema de votação brasileiro e as urnas eletrônicas.

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Em outro momento, Bolsonaro se desculpou com o ministro por ter sugerido, na reunião ministerial do dia 5 de julho de 2022, que Moraes e outros membros do TSE teriam recebido entre US$ 30 e US$ 50 milhões para fraudar as eleições.
“Era uma retórica. Se fossem outros três ocupantes (do Tribunal Superior Eleitoral) eu teria a mesma conduta. Me desculpe. Não tinha intenção”, se justificou.
O ex-presidente disse que era ‘bastante desagradável’ estar diante do ministro. Bolsonaro e Moraes estão frente a frente na sala de sessões da Primeira Turma do STF. O interrogatório do ex-presidente é o mais aguardado do processo da trama golpista. Ninguém se exaltou durante a audiência.