Novo presidente dos EUA adotou discurso conciliador pelo Twitter
Vamos nos unir como nunca fizemos antes, diz Trump | Foto: Mandel Ngan / AFP / CP
Após realizar uma campanha agressiva e se consagrar como novo presidente dos Estados Unidos na madrugada desta quarta-feira, Donald Trump adotou um discurso conciliador, pregando a união dos norte-americanos pelo Twitter.
“Que noite importante e bonita! O homem e a mulher esquecidos jamais serão esquecidos novamente. Nós vamos nos unir como nunca antes fizemos”, disse pela rede social.
Mais cedo, ao fazer o seu primeiro discurso, Trump afirmou que governará para todos os americanos. “Serei o presidente de todos os americanos”, anunciou Trump exultante no discurso da vitória, ao lado da mulher, Melania Trump, e de seus filhos. “Isto foi muito duro”, completou, ao agradecer à família. “Chegou o momento de os Estados Unidos fecharem as feridas da divisão, devemos nos unir: aos republicanos, democratas e independentes desta nação afirmo que é hora de união”, disse Trump.
Em uma mensagem à comunidade internacional, que acompanhou com apreensão a eleição americana, Trump disse: “Vamos tratar a todos com justiça. Todos os povos e todas as nações. Buscaremos terreno comum e não hostilidade; associação e não conflito”.
Telefonema de Hillary
O presidente eleito americano afirmou que a adversária, Hillary Clinton, telefonou para felicitá-lo por sua vitória. Trump disse que os Estados Unidos têm uma “dívida de gratidão” com Clinton. Pouco antes, o diretor de campanha de Hillary, John Podesta, anunciou que a ex-secretária de Estado não discursaria porque até o momento considerava a eleição indefinida. Alguns minutos depois, no entanto, a imprensa revelou que ela havia ligado a Trump para reconhecer a derrota.
Até às 7h desta quarta-feira, Trump tinha 279 votos no colégio eleitoral, de um total de 538, contra 218 de Hillary. Para assegurar a vitória era necessário alcançar 270. Um a um, após meses de uma campanha repleta de insultos e ataques, o bilionário de 70 anos, conhecido por sua rede de hotéis cassinos, venceu nos estados-chave da Flórida, Pensilvânia e Ohio, que optaram pelo polêmico candidato republicano, acusado de ser xenófobo e sexista, para suceder o democrata Barack Obama.
Correio do Povo