Vamos falar de cicatrizes?
Um dia você se arrisca numa aventura e o pior acontece:
você se fere.
Você não pensa na hora que aquela ferida pode te fazer um mal maior, mas ela pode.
Ela cria em você uma espécie de doença, que afeta sua mente, tanto quanto ao seu corpo.
Com o tempo você vai se recuperando, mas se recusa a puxar o curativo.
Você se apoia numa muleta, mas não sabe se ainda precisa dela.
E quando chega a hora de se livrar dela você hesita.
Não o faz com receio de se machucar de novo.
Mas vamos falar de cicatrizes?
Elas existem para te mostrar que tudo é recuperável, mesmo que você precise de outros meios para executar as mesmas coisas que fazia antes.
Elas estão ali não para te lembrar de nada, mas como uma marca do que sobrou de algo que não foi bom.
Cicatrizes não ensinam nada a quem nada quer aprender com elas.
Poupar-se é a melhor maneira de não tê-las, mas também é a melhor maneira de não viver.
Se esforce mais para se livrar dessas muletas emocionais, dessas tipoias e bandagens que te amarram ao medo irracional e ande.
Ande sem medo, de cabeça erguida, pois quem erra, raramente erra sozinho, mas quem acerta, o faz para o bem de todos.
Boa Terça feira
Marcelo Etiene
