Próxima fase dos testes deverá envolver milhares de participantes para verificar efetividade e segurança
Especialistas dizem que a vacina é necessária para encerrar a pandemia do novo coronavírus, que atingiu milhões e deixou cerca de 575 mil mortos em todo o mundo. A Moderna foi a primeira a começar a testa a vacina em humanos no dia 16 de março, 66 dias depois da divulgação do sequenciamento genético do vírus.
Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, cujos pesquisadores desenvolveram a vacina da Moderna, classificou os resultados como “boas notícias”, destacando que o estudo não encontrou efeitos adversos sérios e a vacina produziu níveis “razoavelmente altos” de anticorpos capazes de neutralizar ou matar o vírus.
O governo norte-americano está apoiando a vacina da Moderna com cerca de meio bilhão de dólares e escolheu ela como uma das primeiras para iniciar testes amplos em humanos. Uma vacina bem sucedida pode ser um ponto de virada para a Moderna, sediada em Cambridge (Massachusetts), que nunca teve um produto licenciado.
A dose da moderna, mRNA-1273, usa acido ribonucleico – um mensageiro químico que contém instruções para a produção de proteínas. Quando injetada em pessoas, a vacina orienta as células para produzirem proteínas que imitam a superfície externa do coronavírus. O corpo reconhece o invasor e prepara uma resposta imune contra ele.