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terça-feira 14 maio 2024
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Passo Fundo – Líder comunitário acusado de mandar matar a ex-companheira

Pila do Povo foi indiciado pela Polícia Civil pela morte de Nelsi Teresinha do Nascimento

Um dos fatos questionado pelos leitores é a morte da diarista Nelci Teresinha do Nascimento, de 50 anos. Uma mãe de família, que não possuía inimizades e ajudava pessoas carentes com trabalhos da catequese, mas que mesmo assim, teve um triste fim sendo, covardemente, executada com cinco tiros no rosto. 
O crime ocorreu no início da tarde do dia 10 de junho do ano passado, quando a vítima estava chegando em casa, na Rua A, quadra B, do Núcleo dos Ferroviários, nos fundos da Prefeitura de Passo Fundo.  A vítima estava no pátio de sua residência e foi surpreendida por um jovem encapuzado. O assassino se aproximou e sem nada dizer atirou a queima-roupa fugindo em seguida. Nelci Teresinha do Nascimento caiu mortalmente ferida a poucos metros da porta de casa. Os Bombeiros foram chamados, mas os atendentes constataram que a diarista já estava sem vida. 
Os agentes da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos da Polícia Civil, comandados pela Delegada Daniela de Oliveira Minetto e pelo chefe de investigações Inspetor Volmar Menegon, iniciaram as diligências e após um trabalho intenso, desencadeado durante cinco meses, conseguiram identificar os envolvidos no bárbaro crime.
De acordo com a delegada Daniela, o líder comunitário Antônio dos Santos Nascimento, conhecido como “Pila do Povo”, de 56 anos, foi apontado como o mandante da execução. As investigações comprovaram o envolvimento de Jeferson Tiago Monteiro, vulgo “Ciganinho”, de 29 anos, e  um adolescente de 16 anos de idade.
No início dos trabalhos, a polícia recebeu denúncias anônimas de que o Jeferson seria o autor do crime.  O suspeito foi encontrado e conduzido até a delegacia, onde afirmou em depoimento ter sido procurado por Pila do Povo para fazer dois trabalhos. Um dos serviços seria o de matar  Nelci Teresinha do Nascimento, por R$ 10 mil reais, e o segundo era de atear fogo na madeireira de um concorrente, para este o mandante pagaria 2 mil reais. 
A Delegada relatou que Jeferson negou ter feito os serviços para Pila do Povo, porém deu carona para o adolescente de 16 anos que também foi procurado pelo líder comunitário e aceitou matar a diarista. Jeferson levou o adolescente até o local do crime utilizando uma motocicleta.  Durante o inquérito policial, testemunhas  afirmaram, em depoimento, que Pila do Povo prometia matar a ex-mulher por ter perdido o processo judicial de separação do casamento. Tendo assim que fazer a divisa dos bens. As testemunhas que presenciaram o momento do crime fizeram o reconhecimento pessoal do adolescente.  
Pila do Povo e o adolescente negam o envolvimento no crime. Mesmo com o serviço executado, o mandante não efetuou o pagamento. A Delegada Daniela de Oliveira Minetto concluiu o inquérito e remeteu à justiça, solicitando as prisões preventivas dos envolvidos na execução. O adolescente já está recolhido ao Case por ter sido apreendido em flagrante durante uma ocorrência de roubo de veículo.  
Fonte Radio Uirapuru



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