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terça-feira 3 dezembro 2024
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Titanossauro mais antigo do mundo é encontrado na Argentina

Informação foi dada pela Agência de Divulgação Científica da Universidade de La Matanza

Foto: Juan Canale / Divulgação / CP

Espécie Ninjatitan zapatai, de 20 metros de comprimento, viveu há 140 milhões de anos

Informação foi dada pela Agência de Divulgação Científica da Universidade de La Matanza 

Cientistas argentinos revelaram neste domingo a descoberta de um titanossauro que viveu há 140 milhões de anos e que seria o mais antigo já encontrado, e a evidência de que essas espécies gigantescas se originaram no início do período Cretáceo. Trata-se da espécie Ninjatitan zapatai, de 20 metros de comprimento, encontrada em 2014 na formação da Baijada Colorada, na província de Neuquén, sudoeste da Argentina, informou a Agência de Divulgação Científica da Universidade de La Matanza (CTyS-UNLaM).

“A maior importância deste fóssil, mais além de ser uma nova espécie de titanossauro, é que se trata do registro mais antigo em nível mundial para este grupo”, explicou Pablo Gallina, pesquisador da Fundação Azara da Universidade Maimónides e do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), segundo a nota.

Os titanossauros eram um subgrupo de saurópodes, dinossauros herbívoros gigantes com pescoços e caudas longos e, possivelmente, os maiores animais que já caminharam na Terra. Até hoje, apenas os titanossauros comantiguidade de no máximo 120 milhões de anos eram conhecidos. A descoberta, porém, situa os mesmos no início do Cretáceo, período que começou há 145 milhões de anos e terminou há quase 66 milhões de anos.

“Esta descoberta é muito importante também para o conhecimento da história evolutiva dos saurópodes, porque os registros fósseis do começo do Cretáceo são realmente muito escassos em todo o mundo”, explicou Gallina, autor principal do estudo, publicado neste domingo na revista científica argentina “Ameghiniana”.

Em 2014, o técnico Jonatan Aroca encontrou uma escápula bem completa e, na escavação seguinte, apareceram três vértebras e alguns ossos de suas patas traseiras, uma parte do fêmur e o que seria a fíbula do titanossauro. “A priori, devido à idade desse material, de 140 milhões de anos, podia-se supor que fosse uma forma anterior à origem dos titanossauros, pois na Patagônia só se conheciam titanossauros com menos de 120 milhões de anos”, explicou à CTyS-UNLaM José Luis Carballido, pesquisador do Museu Egidio Feruglio e do Conicet, que se dedicou à análise das relações filogenéticas do animal.

O estudo revelou que “ele fazia parte da família dos titanossauros. Não somente representava a espécie mais antiga de titanossauro, mas também nos permite conhecer muito mais sobre a origem desse grupo”, destacou Gallina. O titanossauro foi batizado de Ninjatitan zapatai, em reconhecimento ao pesquisador argentino Sebastián Apesteguía, conhecido como “El Ninja”, e ao técnico Rogelio Zapata.




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