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segunda-feira 16 setembro 2024
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Temer diz que Jucá “não teve morte política decretada”

Presidente defendeu escolha do senador como líder no Congresso, apesar de denúncias

Presidente defendeu escolha do senador como líder no Congresso, apesar de denúncias | Foto: Beto Barata / PR / Divulgação CP

Presidente defendeu escolha do senador como líder no Congresso, apesar de denúncias | Foto: Beto Barata / PR / Divulgação CP

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou em entrevista no programa Roda Viva,  nesta segunda-feira, que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ainda não teve a morte política e nem civil decretada e que não haveria problema em assumir a liderança do governo no Senado, mesmo após deixar o ministério do Planejamento sob denúncias. “Ele é senador, deixou o governo e não foi demitido. É senador, fez trabalho excepcional. Ainda não teve morte política e nem civil decretada”, enfatizou Temer.

Ele também afirmou que deve deixar o Judiciário exercer o seu papel nas investigações, ao comentar a Operação Lava Jato. Em seguida, o presidente frisou  que não tem preocupações em perder seu cargo em razão das investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a chapa formada por ele e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. “Acredito piamente que a figura do presidente da República e do vice são apartadas. As contas são julgadas juntamente e prestadas em apartado”, resumiu.

O presidente evitou cravar se será ou não candidato à reeleição em 2018. Ele afirmou que chegou à presidência da República pelas vias constitucionais, em condições dificílimas, “com um país quase à beira de um precipício econômico”. Em seguida, disse que tomou medidas para a crise e que o sonho dele é trilhar os dois anos e dois meses que ainda restam do governo e ouvir que colocou o país nos trilhos.

Temer disse que quem exerce a Presidência da República tem de fazer aproximação grande com o Congresso, como, segundo ele, foi feita após assumir o cargo. Ele citou vários projetos aprovados na Câmara e no Senado sob o seu comando, como a mudança no déficit primário e a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que estava “parada há 10 meses e foi aprovada em um mês e meio na Câmara e no Senado”, entre outras.

O presidente admitiu durante a entrevista ter recebido uma visita do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, no Palácio do Jaburu, então sua residência oficial de vice-presidente, durante a campanha de 2014, na qual foi oferecida uma doação de R$ 10 milhões. Temer disse que a doação foi feita para o PMDB e que foi legal, negando os possíveis desvios de recursos ou irregularidades na doação. “Quando pega a contabilidade do PMDB você vê que tem R$ 10 milhões do PMDB. Não há absoluta comprovação de que houve irregularidade na doação”, afirmou.

Temer defendeu uma repactuação federativa que dê mais forças aos Estados e menos ao governo federal. Ele disse que já conversou sobre o tema com a presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e emendou: “A grande concentração é da União”.

Em seguida, Temer disse que já estabeleceu o Orçamento do ano que vem levando em conta a PEC do Teto dos Gastos, e admitiu que como os “Estados estão em dificuldade extraordinária, podemos ajudá-los”, citando os R$ 20 bilhões que poderiam sobrar na repactuação feita recentemente.

O presidente afirmou ainda que se fizesse intervenção no Rio, assunto que chegou a ser levantado, mas não discutido, paralisaria o Congresso. “Nossa intenção é auxiliar o Estado do Rio de Janeiro como já fizemos com R$ 2,9 bilhões (para as Olimpíadas)”, opinou. “Vamos auxiliar o Rio de Janeiro e verificar como socorrer outros Estados”, completou.

Correio do Povo




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