Governo tenta responder à crise instalada com deterioração da economia e delação da Odebrecht
Governo tenta responder à crise instalada com deterioração da economia e delação da Odebrecht | Foto: Beto Barata / PR / Divulgação CP
O presidente Michel Temer convocou para a noite deste domingo um jantar com ministros para fazer os últimos ajustes em um pacote de medidas econômicas a serem lançadas esta semana. As propostas são preparadas em meio à crise instalada com a publicação de delação da Odebrecht com denúncias de dinheiro repassado à cúpula do governo e de pesquisas indicando aumento da impopularidade do presidente. A informação sobre o pacote foi dada pelo líder do PSD na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso, ao sair de reunião realizada nesta tarde com o presidente no Palácio do Jaburu, em Brasília.
Segundo Rosso, o pacote terá medidas para reativar a economia “de forma imediata”, com geração de emprego e de renda. “O presidente vai chamar a equipe econômica para os últimos detalhes”, afirmou o deputado. “A prioridade é o ajuste fiscal”, completou. O deputado informou ainda que o governo pretende marcar na terça-feira uma reunião com líderes partidários para apresentar as propostas para combater a crise econômica.
O secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco, também participou do encontro, que não estava previsto na agenda do presidente Temer, e permanece no Jaburu. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que foi cogitado para ocupar um cargo no governo, também esteve no Jaburu esta tarde e deixou há pouco o local.
Já estava confirmada para esta noite reunião do presidente Temer com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. As reuniões acontecem logo depois de a imprensa divulgar o teor da delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. De acordo com as reportagens, ao todo 51 políticos de 11 partidos teriam recebido propina da Odebrecht, inclusive o presidente Michel Temer, o ministro Padilha, o ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá, e o ex-secretário de Governo, Geddel Vieira Lima.
Correio do Povo