Tal qual o perfume
E eis que estamos pensando enquanto caminhamos.
E o nosso caminho é o mais bonito que existe – é a estrada da felicidade.
E passo-a-passo, nos deixamos levar por lembranças de algo que nos fizeram.
Não percebemos que ao fazermos isso, reduzimos o ritmo, arriscando até a errar o rumo da estrada.
E como isso se dá?
Pense que está revivendo toda a angústia e todo o sofrimento pelo qual já tenha passado; que tudo o que ficou para trás está te doendo de novo – sem necessidade.
Não há mal que nunca se acabe em nossas vidas, desde que desejemos que termine.
Desde que coloquemos não uma pequena placa de desvio, mas uma rocha sobre esse buraco, para que nem se passe sobre ele, e sim, que desviem.
Não devemos sofrer pelas ações dos outros.
Cada um tem a oportunidade de corrigir seus erros e trazer em sua estrada sentimentos bons e atitudes positivas.
Há duas formas de erro e para cada uma delas existe uma reação do próprio que as comete.
Há quem erre no melhor intuito de acertar – tanto, que reconhece seu erro imediatamente e se desculpa, demonstrando verdadeiro arrependimento.
Há porém aqueles que, em pleno exercício de sua arrogância, não se permitem a humildade da admissão de seus erros.
A esses só restará o remorso – estrada sem saída e sem retorno.
E nós quanto a isso?
Somos como as flores, cujo perfume fica impregnado na mão daqueles que as arrancaram.
E o que é esse perfume?
O perdão.
Boa Quarta feira
Marcelo Etiene
