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quinta-feira 21 novembro 2024
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STF ‘não pode ser medido por pesquisas de opinião’, declara Barroso ao tomar posse

STF ‘não pode ser medido por pesquisas de opinião’, declara Barroso ao tomar posse

Ministro assumiu mandato de dois anos à frente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça; Edson Fachin vai ser o vice

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) “não pode ser medido por pesquisas de opinião”, disse o novo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em discurso de posse no cargo, nesta quinta-feira. “Sempre estaremos expostos a críticas e insatisfação, e isso faz parte da vida democrática”, completou o ministro, que assume um mandato de dois anos à frente do Poder Judiciário.
O ministro falou ainda sobre os atos extremistas de 8 de Janeiro. “A democracia venceu. […] Precisamos acabar com os antagonismos artificialmente criados para nos dividir”, afirmou. “Justiça seja feita: na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo”, defendeu.
O novo chefe do Poder Judiciário disse aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vai reforçar a harmonia entre os Poderes, “parceiros institucionais que somos”.
Homenagem a Rosa Weber

Barroso homenageou a antecessora, Rosa Weber. “Em nome da nação agradecida, em nome dos que sabem distinguir as grandes figuras da história deste Tribunal, eu a reverencio.”“ Foi uma emoção, em tão pouco tempo, ver tudo reconstruído”, disse o magistrado, em menção aos ataques extremistas de 8 de Janeiro em Brasília. Assim como Gilmar Mendes, ele destacou o simbolismo da posse para a democracia brasileira.Presidente da OAB
“Graças a muito trabalho, inclusive do STF e da advocacia, a Constituição triunfou sobre forças obscuras, nostálgicas do autoritarismo, que pretendiam implodir o Estado democrático de Direito no Brasil. Felizmente, as instituições sobreviveram. E a democracia restou soberana”, disse Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em referência aos atos extremistas de 8 de janeiro.

Simonetti aproveitou para dizer que é direito dos advogados fazer sustentações orais no STF em defesa de clientes. “Reforçamos nossa posição de que cabe ao Supremo Tribunal Federal dar o exemplo de respeito às prerrogativas de quem, repito, exerce uma função essencial à Justiça.”O discurso ocorre em meio à polêmica em razão do julgamento de réus do 8 de Janeiro no plenário virtual do Supremo. A plataforma não permite discussão entre os ministros nem pronunciamentos dos advogados durante a sessão.“O Ministério Público brasileiro vem manifestar sua contribuição fraterna”, disse a procuradora-geral interina da República, Elizeta Maria de Paiva Ramos, em um discurso na posse de Barroso. “Conte com uma atuação socialmente efetiva do Ministério Público, que se traduz no combate a crimes […] e na fiscalização de leis, que se traduz na defesa das minorias, dos povos indígenas, do ambiente sustentável”, afirmou.O novo presidente do STF leu o discurso de posse na presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); de integrantes dos tribunais superiores; da procuradora-geral interina da República e do presidente da OAB; e de familiares e amigos de Barroso e Edson Fachin, que assume como vice da Corte.A sessão solene de posse teve início por volta das 16h20min, sob a condução da agora ex-presidente do STF Rosa Weber. Maria Bethânia cantou o Hino Nacional.

Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso leu o termo de compromisso para o cargo de presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e assinou o documento.

FONTE R7



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