STF mantém prisão de Anderson Torres por omissão em atos de vandalismo
Ex-secretário e ex-ministro havia sido exonerado ainda no domingo, depois da ação de extremistas em Brasília
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, manter a ordem de prisão contra o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e contra o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira. As decisões iniciais partiram do ministro Alexandre de Moraes, nessa terça-feira.
O plenário virtual da Corte também referendou a decisão de Moraes que determina o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do Governo do DF por 90 dias. Os julgamentos ocorrem na esteira dos atos antidemocráticos, no domingo passado, que terminaram com a Praça dos Três Poderes vandalizada.
Na decisão que determinou a prisão de Anderson Torres, Moraes afirmou que “em momento tão sensível da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos vêm ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país, e em Brasília, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela omissão dolosa e criminosa”.
O ex-ministro da Justiça havia sido exonerado da Secretaria de Segurança Pública do DF ainda no domingo, após os atos de vandalismo em Brasília.
Nas redes sociais, ele divulgou uma nota em que rebate as suspeitas de conivência com o extremismo. Ele também disse ter sido surpreendido pela violência da manifestação e que as cenas de guerra vistas em Brasília eram “inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira”.
Torres havia saído de férias, com a família, nos Estados Unidos, e acompanhou os atos de vandalismo a distância. Após a decisão de Moraes, o ex-secretário anunciou que deve voltar ao Brasil para se apresentar à Polícia Federal.
