A vida é tudo, menos vida. É cada dia menos vida, na verdade.
Ela começa como vida, pujante, pulsante e plena. Vivemos a ilusão de que quanto mais vivermos, mais vida teremos.
É um caminho que nos leva a evoluir. Leva também à reflexão. Viver é uma doença terminal para alguns ou uma alegria interminável para outros.
E por vezes as sensações trocam de portadores.
Diante de tais fatos a felicidade se dobra e para fugirmos deles criamos uma ilusão constante de que a vida só termina para os outros.
Muito pior que isso é agir com desprezo pelas pessoas.
É usar do que obteve da vida para frustrar a vida dos outros.
Devemos ter a consciência de que, apesar de todas as coisas serem finitas neste mundo, os valores perduram além de nós.
É importante fazer de tudo para que a nossa vida tenha um significado especial.
Que nossa vida não tenha sido um breve instante no tempo. Um gesto de gentileza, de afeto, de solidariedade ou de respeito podem significar um bom exemplo.
E na vida, o que possuímos, deixamos; o que somos, levamos.
Boa sexta.
Marcelo Etiene