Governador defendeu medida como única alternativa para melhorar as estradas gaúchas
Foto: Guilherme Testa
O estabelecimento de um novo programa de concessões rodoviárias com cobrança de pedágios no Rio Grande do Sul é prioridade do governo do Estado em 2016. A garantia foi dada pelo próprio governador José Ivo Sartori (PMDB) em entrevista nessa quinta-feira aos veículos do Grupo Record RS (Correio do Povo, Rádio Guaíba, Correio do Povo Online e TV Record). Sartori descreveu o projeto que permite as novas concessões (e que precisa ser aprovado pela Assembleia) como “o arcabouço” das medidas que o governo pretende implementar. Ele defendeu as concessões como única alternativa para melhorar as rodovias gaúchas. Deu indicativos de que o governo prepara um grande pacote de trechos a serem concedidos. E insistiu na comparação com o programa nacional de concessões. “O que fizermos em termos de rodovias será aquilo que o governo federal já fez.”
O governador, contudo, desconversou em relação à faixa de valores de pedágio com os quais o Piratini trabalha para serem cobrados no RS. “Não posso dizer como vai ficar porque os trajetos federais são diferentes. Os estaduais são bem diferenciados. Não dá para estabelecer preço. Vai ter manifestação de interesse, depois edital, e depende o que vai ser feito, como vai ser conduzido. Não dá para fazer capitalismo com o usuário e não dá para fazer socialismo com o investidor. Tem que buscar o equilíbrio”, afirmou.
No modelo federal, que tem o Programa de Investimento em Logística, o critério de licitação é a menor tarifa de pedágio e as concessionárias têm prazo determinado (inicialmente cinco anos, adequados para até sete em alguns casos) para duplicar trechos significativos da rodovia concedida.
A principal reclamação de partidos da base aliada quando Sartori tentou, sem sucesso, levar à votação os dois projetos referentes às novas concessões, é que a proposta do governo não fala em preço mínimo e dispensa autorização legislativa, além de estabelecer concessões por 30 anos. O programa federal prevê prazo de até 30 anos. “Nosso modelo é o de 30 anos, para obter o menor preço possível para o usuário e criar condições favoráveis”, defendeu Sartori.
Ele adiantou que o Piratini trabalhará especialmente nas concessões federais que vêm de Santa Catarina, de forma a estabelecer “boa rede em direção ao porto de Rio Grande.” Reafirmou que a 324 será concedida. E arriscou algumas projeções. “Digamos que o governo federal vá conceder a BR 116. Por que não engatar, por exemplo, uma possibilidade com a RS-122?”
Outro destaque na entrevista foi a posição de Sartori sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “O que eu vi até agora é só questão orçamentária, pedalada. Eu acredito que pedalada não é motivo (para impeachment)”, afirmou. Sobre se eventual processo de impeachment da presidente com base em pedaladas fiscais poderia abrir precedente para processos semelhantes contra governadores e prefeitos, Sartori disse que depende muito da conjuntura e da estrutura que vai se evidenciando no país.
O que disse o governador
Sobre, em dezembro, ter emitido uma nota onde se colocava neutro sobre o processo de impeachment
“Não é bem neutralidade. Eu me mantive um tanto distante deste processo porque não era a melhor atitude a tomar. Se não assinei nem o documento do Cpers em período eleitoral, não era agora que eu ia assinar um documento de governadores.”
Permanência do PMDB no governo
“Minha posição foi dada em 2005. Eu achava que o PMDB não devia participar do governo. Devia ajudar o país e o governante sem participar do governo. Hoje a realidade é outra, a situação é outra, os dirigentes e líderes são outros.”
Projetos para 2016
“Este ano vamos encaminhar outros projetos, dentro da mesma caminhada que fizemos até aqui.”
Segurança pública
“Nós fazemos o que pudemos. Essa é uma questão nacional. Espero que durante o ano tenhamos condições de criar condições melhores. Há questões que queremos discutir com os municípios sem trazer para eles maiores responsabilidades. Vou dar aqui um dado muito significativo. Hoje em dia quem rouba um carro não leva mais para o Paraguai. É desmanchado aqui mesmo.”
Mudanças no secretariado
“Para mim é difícil mudar a equipe. Fui prefeito de Caxias do Sul e se tivesse ido atrás das manifestações públicas tinha mudado o secretariado nos primeiros 15 dias. Não pessoalizo um secretário ou outro. É o conjunto das políticas públicas que temos que olhar com mais força. Pode acontecer fortuitamente alguma necessidade, mas não pelo exercício da atividade feita até aqui.”
Sobre suas piadas
“Eu prefiro rir e brincar do que roubar.”
O governador, contudo, desconversou em relação à faixa de valores de pedágio com os quais o Piratini trabalha para serem cobrados no RS. “Não posso dizer como vai ficar porque os trajetos federais são diferentes. Os estaduais são bem diferenciados. Não dá para estabelecer preço. Vai ter manifestação de interesse, depois edital, e depende o que vai ser feito, como vai ser conduzido. Não dá para fazer capitalismo com o usuário e não dá para fazer socialismo com o investidor. Tem que buscar o equilíbrio”, afirmou.
No modelo federal, que tem o Programa de Investimento em Logística, o critério de licitação é a menor tarifa de pedágio e as concessionárias têm prazo determinado (inicialmente cinco anos, adequados para até sete em alguns casos) para duplicar trechos significativos da rodovia concedida.
A principal reclamação de partidos da base aliada quando Sartori tentou, sem sucesso, levar à votação os dois projetos referentes às novas concessões, é que a proposta do governo não fala em preço mínimo e dispensa autorização legislativa, além de estabelecer concessões por 30 anos. O programa federal prevê prazo de até 30 anos. “Nosso modelo é o de 30 anos, para obter o menor preço possível para o usuário e criar condições favoráveis”, defendeu Sartori.
Ele adiantou que o Piratini trabalhará especialmente nas concessões federais que vêm de Santa Catarina, de forma a estabelecer “boa rede em direção ao porto de Rio Grande.” Reafirmou que a 324 será concedida. E arriscou algumas projeções. “Digamos que o governo federal vá conceder a BR 116. Por que não engatar, por exemplo, uma possibilidade com a RS-122?”
Outro destaque na entrevista foi a posição de Sartori sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “O que eu vi até agora é só questão orçamentária, pedalada. Eu acredito que pedalada não é motivo (para impeachment)”, afirmou. Sobre se eventual processo de impeachment da presidente com base em pedaladas fiscais poderia abrir precedente para processos semelhantes contra governadores e prefeitos, Sartori disse que depende muito da conjuntura e da estrutura que vai se evidenciando no país.
O que disse o governador
Sobre, em dezembro, ter emitido uma nota onde se colocava neutro sobre o processo de impeachment
“Não é bem neutralidade. Eu me mantive um tanto distante deste processo porque não era a melhor atitude a tomar. Se não assinei nem o documento do Cpers em período eleitoral, não era agora que eu ia assinar um documento de governadores.”
Permanência do PMDB no governo
“Minha posição foi dada em 2005. Eu achava que o PMDB não devia participar do governo. Devia ajudar o país e o governante sem participar do governo. Hoje a realidade é outra, a situação é outra, os dirigentes e líderes são outros.”
Projetos para 2016
“Este ano vamos encaminhar outros projetos, dentro da mesma caminhada que fizemos até aqui.”
Segurança pública
“Nós fazemos o que pudemos. Essa é uma questão nacional. Espero que durante o ano tenhamos condições de criar condições melhores. Há questões que queremos discutir com os municípios sem trazer para eles maiores responsabilidades. Vou dar aqui um dado muito significativo. Hoje em dia quem rouba um carro não leva mais para o Paraguai. É desmanchado aqui mesmo.”
Mudanças no secretariado
“Para mim é difícil mudar a equipe. Fui prefeito de Caxias do Sul e se tivesse ido atrás das manifestações públicas tinha mudado o secretariado nos primeiros 15 dias. Não pessoalizo um secretário ou outro. É o conjunto das políticas públicas que temos que olhar com mais força. Pode acontecer fortuitamente alguma necessidade, mas não pelo exercício da atividade feita até aqui.”
Sobre suas piadas
“Eu prefiro rir e brincar do que roubar.”
Correio do Povo