Nos dias 6/01 á 20/01 de 2018 ocorreu o rally Dakar, o maior e mais perigoso rally do planeta.
Com mais de 9000Km de extensão, o Dakar traz pilotos de mais de 62 países a competir através de 3 países, Peru, Bolívia e Argentina.
Na sua quadragésima edição, em 2018, nomes importantíssimos e lendas das pistas estrearam no maior rally do mundo, participando de 14 estágios divididos em cada país.
Nesta corrida os participantes não podem receber nenhuma ajuda durante seu percurso, caso contrário a desclassificação é iminente, sendo assim os pilotos precisam ter ferramentas e conhecimento sobre o seu veículo e o principal, contar com a sorte.
O Rally Dakar ou “Paris Dakar” como era chamado, foi criado em 1978 na França, era a corrida mais desafiadora da Europa pois atravessava o deserto do Saara e outros países africanos até chegar na capital do Senegal, Dakar. Criado por Thierry Sabine, um ex-piloto de rally, o Dakar foi cancelado na Europa na edição de 2008 por questões de segurança, devido a fatores como conflitos políticos e guerras nas regiões por onde passavam os competidores.
A partir de 2009 o Dakar passou a ser realizado na América do Sul, os motivos pelos quais a organização escolheu o nosso continente foram o terreno, o clima e a segurança que se assemelham ao da antiga prova, mas principalmente a hospitalidade das nações do hemisfério sul.
Todas as edições do rally acontecem com apoio governamental de cada país por onde o percurso passa, principalmente por parte das forças armadas e polícias locais. Em 2018 ocorreu a quadragésima edição do Dakar, sendo muito cobiçada por estrear nas gigantescas dunas de Lima, no Peru e terminar nas montanhas de Córdoba, na Argentina.
Ao total foram 550 inscritos e 337 carros, motos, quads, UTVs e caminhões participando da edição de 2018, englobando pilotos famosos como, Nasser Al-Attiyah, príncipe do Qatar, Stéphane Peterhansel, da França, o australiano Toby Price e o brasileiro Reinaldo Varela.
Durante a corrida pelo título, mais de 4 milhões de espectadores presenciaram a passagem dos competidores pelos 3 países, para se ter uma ideia da magnitude do evento, foram um milhão de pessoas envolvidas na organização, envolvendo a mídia, autoridades locais, pilotos, assistentes, mecânicos, fotógrafos etc…
Entre as empresas que patrocinam o rally destacam-se, a Red Bull, Motul, DJI, GoPro, Toyota, Peugeot, Nissan e Volkswagen.
O Sistema de largadas do Dakar se dá por um esquema muito rigoroso de segurança, primeiramente as autoridades locais analisam o percurso que lhes cabe, após a confirmação das mesmas ocorre a passagem de 3 helicópteros por cada parte do trajeto onde os pilotos irão passar.
Após a 15 minutos da passagem do primeiro helicóptero é dada a largada para as motos e quads, depois de 20 minutos da passagem do segundo os carros e UTVs são liberados e no terceiro helicóptero os caminhões saem para a corrida.
“Presenciamos a 13ª e 14ª etapas do rally em Córdoba, fazendo mais de 600km entre asfalto e estradas de terra para chegar aos locais oficiais para espectadores. Entre montanhas de 2000 mts e desertos conseguimos acompanhar a maior corrida do mundo em um cenário incrível.
” Ao final estivemos na cerimônia de coroação no centro cívico de córdoba, um evento privado, para 5 mil pessoas. Lá foram entregues os prêmios de 1º,2º e 3º lugar na geral e categorias específicas.
Presenciar a passagem do Dakar é uma experiência incrível, principalmente por ter a oportunidade de conhecer pessoas de diversos países e regiões do mundo, com certeza o Dakar de 2018 ficará na história, não apenas por ter sido um dos mais difíceis e sim por unir pessoas de diferentes nações por uma paixão em comum, o esporte.
Fotos e vídeos – Xico & Felipe Carboni
