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sábado 23 novembro 2024
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Rússia ataca alvos na Síria com mísseis de submarino atômico

Presidente Vladimir Putin salientou capacidade do arsenal para empregar ogivas nucleares

Presidente Vladimir Putin salientou capacidade do arsenal para empregar ogivas nucleares | Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP / CP

                                     Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP / CP
O ministro russo da Defesa, Serguei Choigou, anunciou nesta terça-feira que a Marinha russa atacou alvos na Síria com mísseis de cruzeiro lançados, pela primeira vez, por um submarino no Mediterrâneo. “Utilizamos mísseis de cruzeiro Calibre do submarino ‘Rostov-on-Don’ no mar Mediterrâneo” contra “dois bastiões terroristas” próximos à Raqa, capital de fato do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou Choigou ao presidente Vladimir Putin.

“Como resultado do sucesso dos ataques da aviação e do submarino todos os alvos foram destruídos”, assinalou Choigou, salientando que os mísseis atingiram infraestruturas de petróleo, depósitos de munições e uma fábrica de minas.

A agência Interfax já havia informado a aproximação de um submarino russo da costa síria para disparar mísseis de cruzeiro, como parte da intervenção iniciada no dia 30 de junho para ajudar o regime de Bashar al Assad contra o EI e outras organizações rebeldes.

O presidente Putin disse nesta terça-feira que os mísseis Calibre lançados de submarino podem ser equipados com ogivas nucleares, acrescentando que espera que “jamais seja necessário utilizá-las na luta contra o terrorismo”. O ministro acrescentou que os aviões russos já realizaram 600 saídas e destruíram “300 alvos, de diversos tipos”, nos últimos três dias.

Choigou assinalou que Moscou avisou a Israel e aos Estados Unidos, que também realizam operações militares na Síria, sobre os ataques lançados a partir deste submarino. Em Washington, o porta-voz do Pentágono Peter Cook confirmou que a Rússia informou à coalizão sobre o ataque, para evitar incidentes aéreos. “Apreciamos isto”, especialmente porque o Kremlin não é obrigado, afirmou Cook, acrescentando que a advertência foi uma “medida de segurança adicional adotada pela Rússia”. Com este novo ataque, Moscou reforça a ampla gama de opções que tem disponível para intervir na Síria. 
Correio do Povo



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