Ministério da Saúde prevê distribuir 5 milhões de unidades ainda em abril
O Ministério da Saúde iniciou, nessa quarta-feira, a distribuição de 522 mil testes para diagnóstico de coronavírus (Covid-19) no país. A prioridade é checar se profissionais da saúde e agentes de segurança, como policiais, bombeiros e guardas civis, que estejam com sintomas de infecção gripal – e, por isso, afastados do trabalho -, já desenvolveram anticorpos para a doença. Para o Rio Grande do Sul, devem ser enviados cerca de 32 mil testes. Esse é o primeiro lote de um total de 5 milhões já adquiridos pela mineradora Vale e doados ao Ministério da Saúde.
A expectativa é de que todos os estados estejam abastecidos com essa primeira remessa até o fim da semana. O restante dos testes (4,5 milhões) deve chegar ao Brasil ainda em abril. A previsão é de entrega de 1 milhão por semana.
A primeira leva compreende 468 mil testes rápidos e 54 mil de biologia molecular (veja, abaixo, para qual situação cada um serve). O Rio Grande do Sul vai receber 28.941 unidades do primeiro, e 3.384 do segundo. Pelo menos 4,5 mil testes rápidos devem ser empregados, semanalmente, para embasar uma pesquisa inédita que visa mapear, com base científica, o percentual da população gaúcha infectada pela Covid-19 e o ritmo de avanço da pandemia no Rio Grande do Sul.
“Os testes rápidos devem ser feitos somente após o sétimo dia do início dos sintomas e servem apenas para marcar se a pessoa desenvolveu ou não o anticorpo que combate o vírus. Vai mostrar se você já teve no passado, e nesse caso está imune, ou se está com o vírus no período latente da doença”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Muita gente vai ganhar imunidade grátis, não vai ter nem sintomas”, completou.
Na semana passada, o Ministério revelou que o objetivo é distribuir 22,9 milhões de testes para diagnosticar a doença, seja por aquisição direta ou por meio de doações.
Quem deve fazer o teste rápido
Com resultado em até 20 minutos, os testes rápidos devem ser aplicados em profissionais dos serviços de saúde e da segurança, mas apenas após o sétimo dia do início dos sintomas, como tosse, dificuldade para respirar, congestão nasal e dor de garganta. Esse é um teste qualitativo para triagem e auxílio diagnóstico. Resultados negativos não excluem a possibilidade de que a pessoa esteja infectada.
Quem deve fazer o teste de biologia molecular
Além dos testes rápidos, o Ministério da Saúde já distribuiu 54 mil testes de biologia molecular (RT-PCR), que servem para identificar o coronavírus ainda no início da doença. O teste é usado, prioritariamente, para diagnosticar a contaminação em pacientes internados com sintomas graves de síndrome gripal.
Radio Guaíba/ Ricardo Pont