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sexta-feira 22 novembro 2024
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Réus do caso Bernardo irão a Júri Popular

Réus do caso Bernardo serão julgados por Júri Popular | Foto: André Ávila / CP Memória

A Justiça determinou nesta quinta-feira que os acusados de matar e ocultar o corpo do menino Bernardo Boldrini, os réus Leandro Boldrini (pai da vítima), Graciele Ugulini (madrasta) e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz sejam julgados por Júri Popular. A decisão é do Juiz de Direito Marcos Luís Agostini, titular da Vara Judicial.

Na sentença, de 137 páginas, o magistrado considera que há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria em relação aos quatro réus. Assim, eles serão julgados pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, onde os jurados decidirão se são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), ocultação de cadáver e falsidade ideológica (neste caso, só Leandro Boldrini), conforme a denúncia do Ministério Público. Cabe recurso da decisão.
Desaparecimento e morte
Bernardo Uglioni Boldrini, de 11 anos, desapareceu em abril do ano passado, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado na noite do dia 14 do mesmo mês, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugulini, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Foi identificada, pela perícia, presença do medicamento Midazolam (sedativo) no estômago, rins e fígado da vítima. Diante da prova produzida nos autos e os fundamentos apontados na presente decisão, não se pode afastar, de plano, a intenção de matar, considera o Juiz Marcos Agostini.
Interrogatórios
Em maio, os quatro acusados foram interrogados pela Justiça. O primeiro a falar foi Leandro Boldrini, que relatou a relação ruim entre Bernardo e Graciele. Em seguida foi a vez de Graciele prestar depoimento. Ela acabou optando por ficar em silêncio. Edelvânia também não respondeu a nenhum questionamento do juiz. Por último Evandro contou que foi sua irmã, Edelvânia, quem fez o buraco.
Fonte Correio do Povo





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