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quinta-feira 21 novembro 2024
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Rebeldes atiram e capturam piloto russo após aeronave ser abatida por exército da Turquia

Fato ocorreu 23/11/2015
Um vídeo divulgado nesta terça-feira (23) mostra rebeldes sírios atirando friamente nos pilotos que estavam no avião russo abatido pela Turquia. Enquanto os pilotos se ejetavam da aeronave, de paraquedas, os rebeldes atiravam.

A presidência da Turquia confirmou ter abatido nesta terça-feira (24) um avião militar russo Su-24, que caiu em território sírio perto da fronteira com o país. O governo turco afirma que a aeronave violou seu espaço aéreo e não respondeu a diversas advertências, tendo sido derrubado por um caça F-16.

Os rebeldes lutam contra o regime do presidente Bashar al-Assad nas montanhas da fronteira turca, perto da província de Hatay (sul da Turquia), e são um dos alvos dos bombardeios russos no país.

Os turcomanos, uma minoria síria que fala turco, recebem apoio da Turquia, enquanto os aviões russos respaldam o regime de Assad, o que acrescenta complicações diplomáticas ao incidente.

O Ministério de Defesa da Rússia informou que o avião de guerra abatido era da Força Aérea do país, mas não violou o espaço aéreo turco.
“Durante o voo, o avião permaneceu todo o tempo sobre o território da Síria, como ficou registrado nos radares. O avião voava a 6 mil metros de altitude. Estamos esclarecendo o que ocorreu com os pilotos que, segundo dados preliminares, conseguiram abandonar a aeronave”, informou o ministério.
O Exército turco alegou que o avião foi informado mais de dez vezes durante cinco minutos sobre a violação.

Mais tarde, o porta-voz do governo da Rússia, Dmitri Peskov, afirmou que a queda do SU-24 é “muito grave”.

A Otan convocou uma reunião extraordinária de seus 28 representantes permanentes. A Aliança Atlântica afirmou anteriormente que estava em contato com a Turquia a respeito do incidente.

Trata-se do primeiro avião perdido pela Força Aérea russa que bombardeia posições de organizações terroristas na Síria desde o último dia 30 de setembro.

A Turquia, que se opõe à intervenção militar russa na Síria, pediu o estabelecimento de uma área de exclusão aérea na fronteira entre os dois países.

A Rússia inicialmente se concentrou em atingir rebeldes oposicionistas ao governo de Assad, mas passou a mirar o Estado Islâmico depois da bomba que derrubou um avião russo da Metrojet e deixou mais de 200 mortos no Egito – o atentado foi reivindicado pelos extremistas.

O presidente Vladimir Putin classificou como “facada nas costas” a derrubada do avião militar russo realizada pela Força Aérea da Turquia, próximo à fronteira com a Síria.

“Esse evento está além da luta contra o terrorismo. Nossos militares estão fazendo um trabalho heroico contra o terrorismo, mas a perda de hoje é uma facada nas costas, protagonizada por cúmplices dos terroristas. Não consigo descrever de outra forma”, afirmou Putin em coletiva de imprensa na presença do rei da Jordânia, Abdullah II.

“Estamos analisando tudo, e o evento trágico de hoje terá consequências significativas, incluindo nas relações entre Rússia e Turquia. Sempre tratamos a Turquia como um Estado amigável. Não sei quem estava interessado no que aconteceu hoje, mas a gente certamente não. E em vez de entrarem em contato imediatamente com a gente, a Turquia se virou para seus parceiros na Otan para discutir o incidente, como se tivéssemos abatido um avião deles, e não o contrário”, afirmou o presidente russo.




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