Quatro acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados por tentativa de homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima — em julgamento realizado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Marau, na segunda-feira, 9 de junho. O Tribunal do Júri teve duração de aproximadamente 20 horas e terminou às 5h20 da madrugada desta terça-feira, 10 de junho.
Atuaram em plenário os promotores de Justiça Aline Beatriz Bibiano e Francisco Saldanha Lauenstein. O crime, motivado por desavenças envolvendo tráfico de drogas, ocorreu em abril de 2021 e teve como vítima um homem que na época tinha 26 anos. Apesar de ter sobrevivido aos tiros na ocasião, ele faleceu em setembro de 2024, aos 29 anos, em decorrência de outras circunstâncias.
CONDENAÇÕES
O mandante do crime, que à época estava recolhido no sistema prisional e mesmo assim ordenou a execução, foi condenado a 17 anos e quatro meses de reclusão. Ele havia sido preso no ano passado em um camarote de estádio durante uma partida de futebol em São Paulo.
Outros dois réus foram sentenciados às penas de 13 anos e quatro meses, e 11 anos, um mês e 10 dias de reclusão, respectivamente. Já uma das rés foi condenada a um ano de prisão, com a pena convertida em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período.
O CRIME
Conforme a denúncia, os acusados armaram uma emboscada durante uma suposta entrega de bebidas, ocasião em que a tentativa de homicídio foi executada. A motivação do crime estaria relacionada a desavenças no tráfico de drogas: o mandante exigia que a vítima adquirisse entorpecentes de um fornecedor específico, o que não foi atendido.
