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quinta-feira 21 novembro 2024
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Protocolo Coimbra – Leia com atenção

O Protocolo

“Quando começamos com a vitamina D e verificamos que é eficaz, fizemos uma escolha de vida. Nós deixamos o academicismo para trás – essa coisa de drogas para lá, drogas para cá, lançamentos de drogas nos EUA, testes de novas drogas, sucessos supostamente satisfatórios. Colocamos tudo de lado e pensamos apenas no interesse do paciente, que estava lá, em nosso consultório, naquele momento.”

D. Cicero Galli Coimbra

Em 1991, o Dr. Coimbra iniciou seu programa de pós-doutorado na Universidade de Lund, na Suécia, testando possíveis tratamentos para danos cerebrais isquêmicos em ratos. Como regra geral no trabalho de pesquisa, ele precisava estar o mais atualizado possível sobre as últimas descobertas relacionadas ao seu campo de interesse, que era a neurociência clínica. Foi então que ele percebeu que grande parte dos progressos terapêuticos alcançados na pesquisa clínica e experimental nunca era aplicada à prática clínica. Apesar de sua aplicabilidade imediata, essas práticas não estavam sendo ensinadas nas faculdades de medicina, mesmo após vários relatos corroborativos.

Através de sua pesquisa, baseada na literatura médica atual, o Dr. Coimbra passou a acreditar que a vitamina D poderia ser um recurso terapêutico fundamental, uma vez que estimula a produção de substâncias regenerativas no cérebro. Então, em 2001, ele começou a administrar vitamina D em doses fisiológicas – 10.000 UI / dia – para pacientes com doença de Parkinson. Essa dose é a quantidade que nosso próprio corpo produz quando exposta a poucos minutos do sol. Um dia, um paciente voltou para uma consulta de retorno após 3 meses tomando 10.000 UI / dia. Esse paciente também sofria de vitiligo, uma doença auto-imune, e o dr. Coimbra notou que uma grande lesão que o homem tivera em seu rosto na visita anterior estava pouco visível. A lesão quase desaparecera em apenas alguns meses de administração de 10.000 UI por dia.

O Dr. Coimbra decidiu pesquisar na literatura médica os efeitos da vitamina D no sistema imunológico e encontrou um número significativo de artigos publicados que indicam um importante papel imunorregulatório daquela poderosa substância. Como a esclerose múltipla é a doença auto-imune neurológica mais comum, ele começou a prescrever vitamina D para pacientes com EM. Esse foi o início do que hoje é conhecido como o Protocolo Coimbra.

Com tais doses, em torno de 10.000 UI/dia, o Dr. Coimbra observou uma notável melhora clínica na grande maioria de seus pacientes. A partir daí, as doses foram aumentadas, sempre apoiadas por exames laboratoriais para garantir que os pacientes não experimentassem efeitos colaterais. Os resultados foram que muitos desses pacientes se encontravam completamente livres dos sintomas e manifestações da doença. Durante os próximos dez anos, o Dr. Coimbra e sua equipe gradualmente modificaram e aperfeiçoaram o tratamento, principalmente em termos das doses diárias prescritas, que aumentaram cada vez mais. A partir de 2012, alcançou-se o nível desejado de eficácia e o Protocolo Coimbra tornou-se muito semelhante ao que é hoje.

“Ver pacientes com esclerose múltipla voltando a uma vida normal, jovens que não correm mais risco de ficarem cegos ou paraplégicos – essa experiência dá grande satisfação ao médico que

tem esse pacientes sob seus cuidados. Isso é muito gratificante.”

Dr. Cícero Coimbra




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