A promotoria do Distrito Central de Seul pediu, nesta terça-feira (27), 30 anos de prisão para a ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye, pelo seu envolvimento no caso de corrupção da “Rasputina”, que culminou com sua cassação e prisão preventiva há quase um ano. A informação é da Agência EFE.
Em abril do ano passado, Park, de 66 anos, recebeu 18 acusações que incluem corrupção, suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado.
A promotoria acredita que Park e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, extorquiram pouco mais de US$ 50 milhões de diversas empresas, entre elas a Samsung, em troca de um tratamento favorável do governo sul-coreano.
Além da pena de prisão, os promotores exigem a Park que pague uma multa de 118,5 bilhões de wons (cerca de US$ 110,5 milhões).
A ex-presidente não assistiu hoje a última sessão do julgamento, argumentando que tanto o processo quanto a prisão preventiva implicam violação de seus direitos fundamentais.
O Tribunal Constitucional destituiu Park no dia 10 de março do ano passado, após ratificar uma resolução adotada pela Assembleia Nacional (Parlamento) em dezembro de 2016.
Vinte dias depois, ela foi presa por ordem de um tribunal de Seul e, desde então, aguarda o fim do julgamento.
A cassação de Park Geun-hye fez com que fossem antecipadas para maio as eleições, em que venceu Moon-Jae-in.
A amiga Choi Soon-sil, de 61 anos, a “rasputina”, foi condenada a 20 anos de prisão e a pagar uma multa de 18 bilhões de wons (cerca de US$ 16,7 milhões) há quase duas semanas, mas seus advogados apelaram da sentença.
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