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sábado 23 novembro 2024
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Primeira audiência de Maurício Dal Agnol: réu afirma querer pagar os clientes, porém não consegue fazer os cálculos no Presídio


No início da tarde dessa segunda-feira (15), ocorreu a primeira audiência de um dos processos que o advogado suspenso da OAB Maurício Dal Agnol responde na Comarca de Passo Fundo referente à Operação Carmelina, deflagrada pela Polícia Federal no mês de fevereiro deste ano.
Dal Agnol chegou ao Fórum sob escolta da SUSEPE, desembarcou algemado e só tirou as algemas quando entrou na sala de audiências da 3ª Vara Criminal.
A audiência foi presidida pela Juíza Ana Cristina Frighetto Crossi, onde no primeiro momento o réu prestou depoimentos e posterior foram ouvidas as testemunhas de acusação.  Dal Agnol era retirado da sala somente nos momentos em que as vítimas prestavam esclarecimentos. Muitas vítimas residem em outros municípios, sendo necessário serem expedidas cartas precatórias.
Está previsto para o início do ano que vem serem ouvidas as testemunhas de defesa do réu.
Maurício Dal Agnol, que chorou várias vezes durante os depoimentos, declarou que possui dinheiro para pagar todos os clientes lesados, porém precisa estar em liberdade devido não conseguir fazer cálculos enquanto estiver recolhido no Presídio Regional. 
O réu afirmou também que a sua maior preocupação é de ter a certeza se terá condições de efetuar o pagamento dos clientes, pelo motivo que desde que foi deflagrada a operação Carmelina muitos clientes que se quer tem direito de receber estão entrando com processos e com isso suas contas, valores e bens estão sendo bloqueados pela Justiça.
Em depoimento à Juíza, o réu relatou que não tinha interesse em fugir de suas responsabilidades desde que retornou ao Brasil. Segundo ele, nos três meses que esteve em liberdade tentou reorganizar o escritório e pagar alguns clientes.
Dal Agnol disse que o escritório não está mais em funcionamento e destacou que no início do mês de fevereiro, antes de ser deflagrada a operação, ele empregava em torno de 350 funcionários e possuía uma construtora, e que hoje está tudo desativado.
No momento em que as vítimas prestaram depoimentos, elas confirmaram que receberam valores inferiores aos devidos, juntamente com documentos falsificados.
As vítimas citaram além de Maurício Dal Agnol, o nome de outros envolvidos como integrantes da quadrilha.
Após o término da audiência, o réu retornou a casa prisional.
Maurício Dal Agnol está recolhido no Presídio Regional de Passo Fundo desde o dia 22 de setembro deste ano e já recebeu a condenação de vários processos, porém até o momento nenhum cliente recebeu os valores devidos pelo advogado suspenso da OAB.

Fonte : Rádio Uirapuru



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