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segunda-feira 25 novembro 2024
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Presidente do TRE-RS critica “terceiro turno” nacional

Desembargador Luiz Felipe Brasil Santos diz que tensionamento social é “risco para a democracia”

Presidente do TRE-RS criticou o que chamou de terceiro turno eleitoral | Foto: Eduardo Knapp / Folhapress / CP / Memória

                     Foto: Eduardo Knapp / Folhapress / CP / Memória
O presidente do TRE-RS, desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, criticou nesta quinta-feira a crescente onda de judicialização da política por parte de derrotados nas urnas, numa referência ao que considera exagero na tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a contestação do resultado eleitoral. Para o dirigente da Justiça Eleitoral gaúcha, a tentativa de discutir o resultado das eleições no Judiciário representa um desrespeito ao processo, aos eleitores e fragiliza a democracia. 


“Esse comportamento recentemente ampliado no ambiente da política não se restringe somente aos agentes políticos, mas percorre amplamente a sociedade. Vejo isso com muita preocupação”, declarou.

A manifestação do magistrado ocorreu durante o IV Curso de Direito Eleitoral para Juízes Eleitorais, que prosseguirá até sábado, em Santa Cruz do Sul, para debater as regras e novidades provenientes da última mini-reforma eleitoral.


Ao analisar o excesso da judicialização na política, Santos condenou aquilo que qualifica como “terceiro turno”. “Não discuto a legitimidade dos pedidos de impeachment presidencial, nem se há embasamento jurídico. Isso não é minha competência. Porém, a onda de pedidos representa exagero da parte de quem não respeita o resultado das eleições e este tensionamento social é algo extremamente arriscado para a democracia”, definiu. 

Para ele, seguramente haverá impacto, oriundo desse modelo de comportamento, nas próximas eleições. “Vai levar ao acirramento do clima eleitoral, conduzindo a disputa a termos que nem sempre serão construtivos. Podemos fazer uma ideia do que virá pelo que temos visto nas redes sociais, onde as pessoas dissipam mais agressões do que ideias.”
Correio do Povo



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