PF busca esclarecer origem dos valores recolhidos no aeroporto
O dono da bagagem de mão em que a Polícia Federal encontrou R$ 505 mil no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na última quinta-feira, é o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba. Conhecido como “Gringo”, ele se elegeu no ano passado com pouco mais de dois mil votos para comandar o município de 12 mil habitantes, a 117 quilômetros de Porto Alegre. Procurado pela reportagem da Agência Estado, ele não comentou a apreensão.
O dinheiro havia sido armazenado em caixas de papelão. Ao ser abordado durante a inspeção por raio-X, o prefeito disse, inicialmente, que não sabia o valor total transportado. Na sequência, afirmou estar transportando R$ 1,4 milhão, segundo a PF.
“Em virtude da dúvida sobre a origem lícita do numerário, o montante foi apreendido pela Polícia Federal, todavia, durante a contagem, foi constatado que a soma era de R$ 505.000,00 (quinhentos e cinco mil reais), contrariando as versões do passageiro”, informou a corporação em nota.
A PF informou que abriu uma investigação para apurar a origem do dinheiro. Em caso de irregularidade, Alba pode responder, entre outros crimes, por lavagem de dinheiro, na modalidade ocultação e crime contra o sistema financeiro nacional. O transporte de dinheiro em espécie em território nacional, independente da quantia, não é crime, desde que a origem possa ser comprovada.