O preço médio do litro de gasolina comum superou os R$ 7 pela primeira vez, em quatro estados brasileiros, aponta levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os dados se referem à semana de 24 a 30 de outubro e mostram que o Piauí tinha o combustível mais caro no período, com preço médio de R$ 7,143 o litro.
Os outros três estados onde o valor supera os R$ 7 foram Rio Grande do Norte, com o litro a R$ 7,109, Rio de Janeiro (R$ 7,041) e Goiás (R$ 7,040). Apenas no Amapá o preço médio do litro da gasolina comum foi inferior a R$ 6, alcançando R$ 5,578.
O preço máximo do combustível superou R$ 7 em 15 das 27 unidades da Federação. O maior valor foi encontrado no Rio Grande do Sul, com o litro a R$ 7,889, seguido do Rio de Janeiro (R$ 7,649) e Minas Gerais (R$ 7,479).
Os outros estados onde o custo da gasolina comum superou R$ 7 foram Pernambuco (R$ 7,439), Acre (R$ 7,3), Bahia, Rio Grande do Norte, Goiás e Piauí (todos com R$ 7,299), Tocantins (R$ 7,279), Mato Grosso (R$ 7,23), Pará (R$ 7,25), Distrito Federal (R$ 7,199), Alagoas (R$ 7,198) e Ceará (R$ 7,19). A única unidade da Federação com valor inferior a R$ 6 foi também o Amapá (R$ 5,790).
A semana foi a nona seguida em que o preço médio da gasolina comum superou os R$ 6 no país. Na semana de 24 a 30 de outubro, o valor foi de R$ 6,562.
Por região, o Centro-Oeste tem o valor médio mais caro do Brasil, com o litro vendido em média a R$ 6,786. Em segundo lugar, aparece o Nordeste (R$ 6,641), seguido pelo Sul (R$ 6,546), Sudeste (R$ 6,546) e Norte (R$ 6,443).
Após o último aumento nas refinarias, o preço médio da gasolina subiu 3,16% nos postos e o do diesel, 4,58%, na semana entre 24 e 30 de outubro, segundo levantamento da ANP. Os preços médios passaram de R$ 6,361 para R$ 6,562 e de R$ 4,983 para R$ 5,211 o litro, respectivamente. Já o valor máximo da gasolina chegou a R$ 7,889 no Rio Grande do Sul.
Na última terça-feira, a Petrobras autorizou aumento nas refinarias de 7,05% para a gasolina e 9,15% para o diesel. Com esse reajuste, a elevação do preço da gasolina nas refinarias já acumula alta de 74% e a do diesel, de 65%, neste ano.
Medidas para barrar a alta dos combustíveis, que tem puxado a escalada da inflação no país, passaram a ocupar o topo de prioridades do governo federal. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) anunciou nesta sexta-feira o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis por 90 dias.
De acordo com o governo federal, a decisão tomada pelo grupo tem como objetivo “colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022”.
Correio do Povo