Por que a conjunção entre Júpiter e Saturno é um fenômeno tão raro?
Telescópio em direção ao horizonte laranja e azul e dois ponto brilhantes alinhados
Conjunção Júpiter e Saturno/AstroStar/Shutterstock
Na noite desta segunda-feira (21) ocorre a maior conjunção entre Júpiter e Saturno. O evento, também conhecido como “Estrela do Natal”, é “extremamente raro”, segundo o Nahum Arav, astrônomo da Virginia Tech. Nesta ocasião, os dois planetas estarão tão próximos quanto estiveram em 1623, última vez que a conjunção apresentou a mesma característica.
“Este evento raro é especial por causa de quão brilhantes os planetas estarão e quão próximos eles ficam um do outro no céu”, explica Arav. Ainda de acordo com o astrônomo, a formação admitida pelos planetas também fará com que as estrelas ao redor fiquem mais brilhantes. Desta forma, será possível acompanhar o evento a olho nu, com um telescópio amador ou até com um binóculo.
Alinhamento de Júpiter e Saturno possibilitará conjunção rara. Créditos: Michal Kata/Shutterstock
“Eles estarão muito próximos um do outro, cerca de um quinto do diâmetro da Lua. No seu ponto mais próximo, algumas pessoas precisarão de um binóculo para separá-los”, afirmou o astrônomo.
O evento poderá ser observado no Brasil no momento do pôr do Sol desta segunda-feira. A previsão é que a partir das 18h57, considerando um observador em Brasília, os planetas apareçam 24º acima do horizonte a Oeste, e permaneçam no céu até sumirem sob o horizonte às 20h46.
A próxima “Estrela de Natal”, nome que faz alusão ao evento bíblico da Estrela de Belém, ocorrerá apenas em 2080.
Solstício de verão
Para não perder o fenômeno, o Olhar Digital preparou um tutorial de como observar a “Grande Conjunção”.
A segunda (21) também será marcada pelo solstício de verão no Hemisfério Sul. Isso quer dizer o dia será o mais longo do ano, visto que o céu ficará iluminado por mais tempo. “À medida que o ano passa, um lado da Terra estará mais iluminado. Então, o solstício de verão acontece quando o Hemisfério Sul está no máximo de iluminação, quando o lado do Hemisfério Sul está mais voltado para o Sol”, explica Thiago Gonçalves, astrônomo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador de Comunicação da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).
Apesar de mais longo do ano, o dia terá, aproximadamente, apenas um minuto a mais se comparado com demais 366.
Via: Augusta Free Press