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sábado 23 novembro 2024
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Polícia pede prisão de motorista que atropelou meninas na BR 386

Homem alegou não saber onde havia perdido o rodado

Trânsito chegou a ficar bloqueado na BR 386 | Foto: PRF / Divulgação / CP

                            Foto: PRF / Divulgação / CP
O motorista do caminhão Mercedes-Benz, de três eixos, que atropelou e matou  meninas indígenas na manhã desta segunda-feira em Estrela, na BR 386, foi detido no município de Tio Hugo. 
Após a batida, ele teria fugido do local sem prestar socorro. Capturado, a Polícia Civil de Estrela pediu a prisão em flagrante por homicídio, lesão e omissão de socorro. 
Em depoimento, o homem alegou não saber onde havia perdido o rodado. Houve a apreensão do veículo para a perícia e análise do tacógrafo,  já que o trecho da rodovia que cruza a área indígena tem velocidade máxima de 60km/h. 

O acidente
As crianças foram atingidas por um rodado que desprendeu-se do caminhão Mercedes-Benz que passava pelo km 360 da BR 386, em Estrela, no Vale do Taquari. 
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, as vítimas estavam no acostamento, próximo ao trevo de acesso a Bom Retiro do Sul, aguardando o transporte escolar. 
As irmãs Chaiane Soares Lemes, 15 anos, e Thaís Soares Lemes, 9 anos, além da prima Franciele dos Santos Soares, 14 anos; morreram no local. Anelise Soares Lemes, 13 anos, irmã de Chaiane e Thaís, foi socorrida e internada no Hospital Estrela. 
Além dos policiais rodoviários federais, bombeiros foram mobilizados.

O cacique Valdomiro Vergueira, líder das tribos na região do Vale do Taquari, lembrou que se tratava do terceiro acidente na rodovia envolvendo índios. 
Na mesma área, no ano passado, uma menina indígena, 2 anos, também perdeu a vida atingida pela roda solta de um Gol. “A gente vem pedindo mais segurança por aqui há muito tempo.
 Acho que o Dnit poderia ter feito isso por nós. Até pedimos para a prefeitura para nos dar mais assistência, mas isso não ocorreu. 
Sempre as crianças precisam esperar a van às margens da rodovia, mas ela poderia entrar na aldeia, que fica a 200 metros apenas”, afirmou. A comunidade indígena reinvindica mais segurança.
Correio do Povo



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