Foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos comerciais. Cinco foram deles na cidade de Constantina, um em Estação e 31 em Erechim. Ainda foram apreendidos sete veículos, bem como cumpridos quatro mandados de prisão preventiva. Participaram da Operação 135 policiais militares do 13º Batalhão da BM e 3º Batalhão das Operações Especiais de Passo Fundo, bem como 15 agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP.
Após quatro meses de investigação, a força tarefa da BM e do MP conseguiu identificar a organização criminosa, que gerenciava as ações através de um escritório localizado no município de Constantina, abrangendo cerca de 70 cidades, entre elas Florianópolis, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Erechim, Marau, Santo Ângelo, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Sarandi e Não-Me-Toque, contando com aproximadamente 120 terminais eletrônicos para apostas no jogo do bicho. Por sua vez, a contravenção da exploração de jogos de azar, tinha organização na cidade de Erechim, estendendo-se por toda região do Alto Uruguai.
Os integrantes da organização criminosa possuíam empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, bem como intensa movimentação financeira, através de transações de imóveis em nome de terceiros. Durante as investigações foram apreendidos mais de 50 equipamentos para a prática de jogo do bicho e máquinas caça níqueis.
A pena do crime de lavagem de dinheiro é de 3 a 10 anos de reclusão, com aumento de um a dois terços, devido o cometimento com habitualidade. Ainda, responderão pelo crime de formação de quadrilha com pena de 1 a 3 anos, podendo ser aumentada até a metade devido a utilização de armas de fogo.
O Ministério Público (MP) e a Brigada Militar (BM) de Erechim deflagram nesta quinta-feira a operação Arca de Noé. A ação busca acabar com as atividades criminosa de um grupo que devia movimentar cerca de R$ 500 mil por mês, com lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar e jogo do bicho em diversas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Correio do Povo
