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sexta-feira 22 novembro 2024
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“Piratas do Caribe” chega ao quinto filme apostando em mais efeitos

Johnny Depp retorna como Jack Sparrow em “A Vingança de Salazar”

Johnny Depp retorna como Jack Sparrow no quinto filme da franquia | Foto: Disney / Divulgação / CP

Johnny Depp retorna como Jack Sparrow no quinto filme da franquia | Foto: Disney / Divulgação / CP

“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” chega aos cinemas nesta quinta-feira como o quinto filme da franquia. O pirata Jack Sparrow (Johnny Depp) está passando por uma onda de azar e sente os ventos da má sorte quando o aterrorizante Capitão Salazar (Javier Bardem) decide destruir todos os piratas do oceano, especialmente Jack, que foi o responsável por uma desgraça que se abateu sobre ele no passado.

Javier Bardem ganha aqui uma maquiagem pesada para dar vida a um personagem amaldiçoado e assustador. Para se defender, Sparrow vai procurar um artefato que está entre os mais valiosos dos mares: o tridente de Poseidon, que concede controle sobre as águas para quem o possuir. Para encontrá-lo, ele terá de estabelecer uma inconveniente aliança com a astrônoma Carina Smyth (Kaya Scodelario). O pirata fanfarrão também vai contar com a parceria do jovem marinheiro britânico Henry Turner (Brenton Thwaites).

O filme tem ainda mais efeitos que os anteriores. Traz alguma novidade. A narrativa desloca-se de Sparrow para Henry Turner, filho de Will Turner, que serve como fio condutor. A “novidade” é relativa. Consiste em voltar ao começo, inclusive à origem da maldição que transforma o capitão espanhol em fantasma.

Repercutiu bastante em Cannes nesta semana uma entrevista do produtor Jerry Bruckheimer na revista Le Film Français, explicando porque o quinto filme da série demorou tanto a sair – seis anos. O primeiro problema é que a série toda existe em função de Johnny Depp e da sua interpretação afetada do pirata do Caribe. Para o mundo, Depp dizia haver encerrado esse ciclo, mas o desempenho de seus filmes recentes na bilheteria foi tão desastroso que só Jack Sparrow para ressuscitá-lo na indústria.

Longe dos holofotes, ele deu seu aval, mas condicionando o retorno à história. Foi Jeff Nathanson, o roteirista de “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, que trouxe a solução, criando os conflitos familiares, entre pais e filhos. Astro e estúdio deram seu OK, mas a Disney não priorizou o filme na ordem de suas produções. “Piratas” entrou numa fila de espera com os blockbusters da Marvel, da Pixar e, claro, com a mítica série Star Wars. Bruckheimer já antecipou a Le Film Français que Depp e o estúdio estão dispostos a fazer uma sexta aventura, mas vai depender de público e crítica.

O público está reagindo abaixo da expectativa – 33% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A crítica torce o nariz. Natural, porque “A Vingança de Salazar” aposta no “mais” e colhe “menos”. Mais efeitos, um tobogã de incidentes na trama, mas tudo meio repetitivo. Faltam a leveza e a originalidade do primeiro filme, que conseguiu renovar as aventuras nos mares. Esse gênero específico era considerado esgotado. O segredo talvez tenha estado todo tempo na persona de Johnny Depp como Jack Sparrow. Mas agora até ele exagera no exagero. A solução do roteirista foi criar o casal jovem.

Assista ao trailer:

Correio do Povo




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