Tripulações relataram episódio à torre de controle de tráfego aéreo
No Youtube, há um vídeo do momento em que o piloto do voo que partiu de Florianópolis conta, às 23h30min, o avistamento da ocorrência enquanto a aeronave chega a Porto Alegre.
“São entre quatro e seis luzes, em um movimento de órbita. Nós estamos avistando desde o horizonte”, enfatizou o comandante. Vinte minutos depois, às 23h50min, situação similar é reportada ao controle de tráfego aéreo do aeroporto gaúcho pelo comandante do voo da Gol.
Também em vídeo, há o registro do comunicado no momento em que a aeronave sobrevoa Torres. “Quero reportar aos nossos colegas que à nossa esquerda, através da cidade de Torres, sobre o mar, há três luzes não identificadas com movimentação”, assinalou.
Os três dias anteriores
O primeiro relato havia sido apresentado na noite de sexta-feira pelos pilotos do voo 4248 da Azul, que saiu do Rio de Janeiro rumo a Porto Alegre, que detalharam avistar objetos voadores não identificados (OVNIS) que se moviam rapidamente e luzes mudando de cor com rapidez no céu em direção à Lagoa dos Patos.
No dia seguinte, sábado, o piloto do voo 3406, da Latam, que partiu de de Guarulhos com destino a Porto Alegre, perguntou à central de tráfego aéreo, por volta das 23h, a respeito de algum objeto irradiando luz em direção à aeronave.
Após a resposta negativa da central, o piloto relatou o que via. “Por vezes, elas [luzes] apagam, acendem, às vezes são uma, às vezes são duas ou três”, detalhou. Ainda no sábado, pilotos de outros três voos (4248, 3140 e 4407), das companhias aéreas Azul e Latam, também informaram sobre o avistamento de luzes. Em comum nos relatos, há a descrição de que acendiam, movimentavam e apagavam, mas sem representar prejuízo ao tráfego aéreo.
Na madrugada de domingo para segunda-feira , por volta das 00h16min, um piloto prestes a descer em Porto Alegre também notificou a central de comando o aparecimento de luzes. “Três ou quatro luzes fazendo evoluções e não dá para precisar nem a altitude, nem a distância”, disse.
Especialistas dizem que esse pode ser resultado de um fenômeno físico chamado de reflexão difusa, quando luzes geradas por holofotes ou fontes luminosas podem ser direcionadas para as nuvens e refletir para pontos diferentes.
A Fraport, administradora do Aeroporto Salgado Filho, informou, em nota à imprensa, que não tinha registro sobre o ocorrido. A Força Aérea Brasileira (FAB) comunicou não ter captado nenhum objeto desconhecido, pelos radares da defesa aérea, e que tudo ocorreu dentro da normalidade, sem a necessidade de registro de ocorrência aeronáutica no Rio Grande do Sul.