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quinta-feira 21 novembro 2024
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PGR garante que pediu providências após ameaças a gestores da Anvisa

Dirigentes da Agência receberam novas ameaças após darem aval à vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade

Foto: Secom / PGR / Divulgação

A Procuradoria-Geral da República informou neste domingo ter determinado a adoção de providências “no sentido de contribuir para assegurar a proteção dos dirigentes” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O anúncio ocorreu depois de a Agência relatar que dirigentes voltaram a receber ameaças após darem aval para o uso da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade.

Além da PGR, a direção da Anvisa acionou também a Polícia Federal, o Ministério da Saúde, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Ministério da Justiça e a Superintendência da PF no Distrito Federal. O portal R7 entrou em contato com a PF, mas não obteve resposta até a noite deste domingo sobre as medidas que a corporação deve adotar em relação ao caso.

O Ministério da Saúde informou, por meio de nota à Record TV, que ao ser notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a vacinação em crianças, “a pasta já apresentou o cronograma para a análise da inclusão de crianças de 5 a 11 anos na campanha de vacinação contra a Covid-19” e que o “o processo é acompanhado pela Advocacia-Geral da União”, mas sem fazer referência ao pedido de proteção a diretores da Anvisa.

Em nota, a Agência informou que “o crescimento das ameaças” torna as investigações necessárias para identificar os autores e apurar responsabilidades. A Agência cobrou urgência nas ações em busca de proteção policial. No pedido, a Anvisa coletou publicações feitas nas mídias sociais, com ofensas e intimidações.

Segundo a direção da Anvisa, perfis falsos foram criados na redes sociais em que foram divulgados nomes, fotos e contatos de servidores. De acordo com a agência, “esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias e geraram evidente apreensão de que atos de violência possam ocorrer a qualquer momento”.

A agência já tinha entrado com solicitações de investigações em novembro, quando as primeiras ameaças de morte chegaram através de e-mails.

Internamente, os membros da Anvisa já previam as retaliações depois que o presidente Jair Bolsonaro anunciou, na quinta-feira, a intenção de solicitar os nomes dos servidores responsáveis pela aprovação do uso da Pfizer em crianças – fala interpretada como uma forma de intimidação e que levou várias associações a se manifestarem em defesa ao trabalho da Anvisa.

Consulta pública
Neste sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo vai decidir em 5 de janeiro se autoriza a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. Segundo ele, o aval dado pela Anvisa à vacinação nessa faixa etária vai ser submetido à CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento de Imunizações), que vai abrir consulta pública até 4 de janeiro para coletar a opinião da sociedade sobre o tema. Para o ministro, apenas o aval da Anvisa não é suficiente para liberar a imunização infantil.

FONTE R7



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