PGR denuncia mais 225 por participação em ataques no DF
Número de pessoas responsabilizadas chega a 479
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 225 investigados por participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. É a sexta vez que a procuradoria entrega denúncias, o que eleva o número de pessoas responsabilidades para 479.
Acusados de associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e seguem presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal.
De acordo com coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, o acampamento tinha “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder.
A PGR pede ainda que os envolvidos sejam condenados ao pagamento de indenização em razão dos danos morais coletivos que provocaram.
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições, em segundo turno, no fim de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a demonstrar inconformismo com o resultado do pleito e a pedir um golpe militar no país para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.