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terça-feira 21 maio 2024
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PF suspeita que narcotraficante seja mandante do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Sumiço pode ter relação com tráfico na região, principalmente com cocaína vinda do Peru, segundo fonte da corporação

Sumiço pode ter relação com tráfico na região

Sumiço pode ter relação com tráfico na região 

Polícia Federal investiga a ligação de um traficante internacional com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia, segundo fonte da corporação. Após dois suspeitos terem sido presos, os policiais apuram a participação de, pelo menos, mais duas pessoas. Uma delas, que seria o mandante, é um traficante de cocaína, com forte atuação na rota entre Brasil e Peru. O governo peruano está colaborando com a investigação, de acordo com a fonte.

Com o primeiro detido, Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, uma arma de fogo de uso restrito e uma pequena porção da droga foram encontradas. Nesta terça-feira, também foi preso Oseney da Costa de Oliveira, chamado de “dos Santos”.

A região do desaparecimento está dentro de área de 1.200 km pertencente à rota da cocaína entre Brasil e Peru. Dom Phillips e Bruno Araújo não são vistos desde 5 de junho, quando sumiram na região da Terra Indígena do Vale do Javari.

No depoimento de Pelado, o suspeito afirmou que é pescador há 30 anos, que conhecia Bruno Araújo de vista e que, no dia do desaparecimento, o viu passando de barco, mas não saiu de casa. Outras falas colhidas pela investigação, porém, apontam que Pelado e dos Santos estariam no local do desaparecimento.

Ambos estavam realizando pesquisas e entrevistas na região para a produção de um livro e de reportagens sobre invasões nas áreas indígenas.

O Vale do Javari é uma localidade com atuação intensa de narcotraficantes, garimpeiros ilegais e madeireiros que tentam expulsar povos tradicionais da região.

O servidor da Funai, que está licenciado de suas funções na fundação, é alvo de ameaças constantes por parte de garimpeiros e madeireiros na região. Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno foi intimidado dias antes da viagem.

Correio do Povo




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