PF investiga desvios de emendas parlamentares que iriam a hospital do RS; assessor de deputado federal gaúcho está entre os alvos
Verbas deveriam ser destinadas a instituição de saúde de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. Alvo é Lino Furtado, chefe de gabinete de Afonso Motta (PDT-RS)
Os nomes dos alvos ainda não foram divulgados, mas Zero Hora apurou que um deles seria um assessor do deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT). Lino Rogério da Silva Furtado é chefe de gabinete do parlamentar.
Furtado é responsável por organizar a distribuição das emendas parlamentares. A reportagem tenta contato com o deputado e o assessor.
O diretor administrativo e financeiro da Metroplan, Cliver André Fiegenbaum, também é investigado. Ainda não está clara qual seria a participação dele.
Conforme a apuração, o esquema incluía cobrança de percentual de propina no repasse das emendas parlamentares.
São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio Grande do Sul. Os crimes investigados são desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.
No RS, os mandados são cumpridos em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, Estrela e Lajeado, no Vale do Taquari, e Rosário do Sul, na Fronteira Oeste.
A Justiça também determinou o afastamento do cargo e das funções públicas de dois investigados, além do bloqueio de valores de contas de pessoas físicas e jurídicas.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.