Search
sábado 23 novembro 2024
  • :
  • :

PF intima Bolsonaro a depor em caso de empresários suspeitos de tramar golpe

PF intima Bolsonaro a depor em caso de empresários suspeitos de tramar golpe

Depoimento do ex-presidente ocorre no dia 31; corporação apurou que ele mandou mensagem para pedir divulgação de fake news

Foto: Tânia Rêgo/ABr
A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento no inquérito sobre empresários suspeitos de terem tramado um golpe de Estado em mensagens de WhatsApp. O depoimento está previsto para o dia 31.
A PF encontrou no celular do empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, uma mensagem atribuída ao ex-presidente, na qual ele incentiva a disseminação de fake news sobre o processo eleitoral.
A corporação encontrou a conversa com um contato identificado como “PR Bolsonaro 8”, um dos números do ex-presidente, no celular de Meyer Nigri. O texto critica o sistema eleitoral e um instituto de pesquisa. No fim da mensagem, aparece “Repasse ao máximo”, destacado em caixa-alta.
A defesa de Nigri nega irregularidades. “Nós vamos aguardar o desenvolvimento das investigações. Nós temos absoluta certeza de que ele não praticou crime algum contra o Estado democrático de Direito”, sustenta o advogado do empresário, Alberto Toron.
“Ele recebeu uma ou outra mensagem do presidente da República, repassou para pouquíssimos grupos… Ele não tem Facebook, não tem Instagram, não tem nenhuma plataforma de disseminação em massa de notícias ou mensagens. Não é uma pessoa que tinha envolvimento com disseminação de fake news”, afirmou. O R7 entrou em contato com a defesa do ex-presidente, mas não obteve retorno.
Entenda

A Polícia Federal encontrou a mensagem em meio a investigações sobre um suposto golpe de Estado arquitetado em um grupo de WhatsApp. O grupo investigado reunia empresários de diversas partes do país a pretexto de apoiar a reeleição do então presidente Bolsonaro.Nessa segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes arquivou a ação contra seis dos empresários, mas Meyer Nigri e Luciano Hang, da Havan, seguem sob investigação. Na decisão, Moraes considerou que “a investigação carece de elementos indiciários, restando a patente ausência de justa causa” contra os seis empresários.A apuração começou em agosto do ano passado, depois da divulgação de prints de conversas do grupo. O R7 ainda não conseguiu contato com a defesa de Hang.

FONTE Agência Brasil




error: Content is protected !!