Perdão não é um aval para que o outro me fira, nem sinônimo de bondade, de “dar a outra face”.
Perdão tem a ver com livrar-se do sentimento corrosivo de que foi injustiçado, de que alguém te fez mal.
Pode ser que realmente tenha feito, mas considere que tudo o que pensa está relacionado a perspectiva de onde você está hoje e não necessariamente reflete as complexidades da vida e das relações.
Lembre-se, todo santo é ou já foi diabo para alguém, inclusive você.
Perdoar não significa ser amigo, conviver, dar beijinho no rosto, mas seguir adiante em liberdade, sem cultivar em sua consciência a sensação de que tem o “direito” de condenar quem quer que seja.
Você não tem.
Você quase não enxerga além das próprias causas, como pensa que sabe as intenções do outro?
E depois que perdoar, como lidar com a pessoa?
O que fazer?
É você quem decidirá, pode ser que retomem, pode ser que não se falem novamente, creio que isso não seja tão importante.
O que vale é que, decida por qual caminho decidir, o fará em liberdade, com a leveza de quem simplesmente largou a âncora do rancor e resolveu seguir adiante.
Trata-se de uma escolha.
Uma escolha sua.
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