Patriota disse repudiar atos do cacique José Acácio Serere Xavante, que inicitou violência contra o presidente eleito Lula e autoridades
Os atos de segunda-feira aconteceram em protesto à prisão de Serere. Manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, incendiaram ao menos sete veículos e colocaram fogo em quatro ônibus. Apesar da violência, os atos não resultaram em prisões.
Nos últimos meses, Serere vem questionando o resultado das eleições e incitando atos de violência contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e autoridades do Judiciário. O mandado de prisão do indígena, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras.
A prisão de Serere vale pelo prazo inicial de dez dias e se baseia na suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos, desde o resultado do segundo turno. A decisão se fundamentou na necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Ao pedir a prisão temporária, a PGR argumentou que o indígena vem se utilizando da posição para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e ministros do Judiciário.
Moraes afirmou que as condutas do indígena possuem “agudo grau de gravidade”, revelando os riscos decorrentes da manutenção dele em liberdade, uma vez que Serere convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos, que ocorreu nessa segunda-feira.