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quinta-feira 21 novembro 2024
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Paralisação dos servidores do RS deve seguir até semana que vem

Policiais militares prometem ficar aquartelados nesta terça contra parcelamento do governo Sartori

Paralisação dos servidores do RS deve seguir até semana que vem | Foto: Paulo Nunes

                                    Foto: Paulo Nunes
Servidores do Estado definiram, na tarde desta segunda-feira, uma série de manifestações para a semana e que, possivelmente, só retornarão ao trabalho na outra terça-feira, dia 8. Representantes de diversas categorias estiveram reunidos na sede da Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS (Fessergs) para traçar uma estratégia de protestos contra o parcelamento de salárioscolocado em prática pelo governador José Ivo Sartori. De acordo com a presidente do Cpers, ficou definido que o apoio principal será aos servidores da segurança pública. Policiais civis atendem somente casos graves desde esta segunda-feira. A partir desta terça, brigadianos prometem não deixar os quarteis, afastando-se do policiamento de rua. 

O ponto de concentração vai ser a entrada do Centro Administrativo Fernando Ferrari. A exemplo do que ocorreu no primeiro dia de protestos, sindicalistas impedirão o acesso de servidores. Entidades divulgaram nota, quanto à segurança, para cidadãos “se protegerem como puderem”.

À tarde, os manifestantes seguem até a Assembleia Legislativa a fim de acompanhar as votações do dia. Eles querem a retirada de projeto da deputada Regina Becker, que muda a Lei de Gestão Democrática. A matéria trata de eleições de diretores de escolas e escolha de conselheiros tutelares. A categoria reclama que não foi chamada para debater o tema.

Na quarta-feira o Conselho Geral de servidores se reúne para definir se o retorno ao trabalho ocorre na sexta-feira ou na terça-feira da semana que vem. Na quinta-feira, ocorre um ato público, à tarde, na frente da Assembleia Legislativa. Durante a manhã, os servidores participarão de audiências públicas no parlamento.

Independente de voltar ou não ao trabalho na próxima terça-feira, servidores prometem lotar as galerias das Assembleia Legislativa. Eles vão acompanhar a votação de projetos do governador enviado em regime de urgência, e que até lá vão estar trancando a pauta do dia. As propostas fazem parte dos pacotes contra a crise anunciados por Sartori.

Diante do anúncio de aquartelamento de policiais militares, o comando da corporação se manifestou em nota. O texto cita a necessidade de “manter as rotinas operacionais”. Na carta, o comandante da corporação, coronel Alfreu Freitas Moreira, pede observação a “questões afetas à razoabilidade, bom senso e tolerância por parte dos Comandos, primando pelo diálogo”.

O comandante pede ainda que nenhum policial militar deixe de atender a população a fim de que a sociedade consiga “manter o sentimento de que pode contar com a Brigada Militar para protegê-la”.  O comando garante ter uma estratégia de atuação em caso de aquartelamento, mas não revela qual é a decisão já tomada. No início do mês, quando policiais militares se aquartelaram e, por consequência, deixaram de sair às ruas, o comando da corporação chamou alunos da Academia de Polícia para atuarem no policiamento ostensivo.
Fonte Correio do Povo




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