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sábado 27 abril 2024
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Para Renan, rompimento do PMDB não foi um “movimento inteligente”

Presidente do Senado afirmou que determinação descumpriu acordo do partido
Contudo, Renan disse que aquele ato “surpreendeu” ao votar a moção que dava inicialmente 30 dias de prazo para decidir se mantinha o apoio ao governo. A apreciação dessa moção foi antecipada pela Executiva Nacional para a terça-feira, ocasião em que a direção partidária aprovou um texto que determinava a “entrega imediata” dos cargos na gestão Dilma Rousseff.

“É evidente que isso (a decisão do rompimento) precipitou reações em todas as órbitas: no PMDB, no governo, nos partidos da sustentação, nos partidos da oposição, o que significa em outras palavras, em bom português, não foi um bom movimento, um movimento inteligente”, criticou Renan, em entrevista após participar de uma solenidade no plenário do Senado sobre a participação feminina na política.
O presidente do Senado fez questão de destacar que, quando o PMDB reelegeu Temer como presidente na chapa única, o partido demonstrou uma “férrea unidade”, mostrando que pode estar unido mesmo na adversidade. Ele disse que a avaliação de que a reunião que levou ao rompimento foi um movimento “pouco calculado” é feita independentemente do que vai ocorrer em relação aos ministros do partido que ainda não deixaram os cargos.
Renan repetiu que não tem acompanhado a discussão em torno da ocupação do PMDB na Esplanada a fim de resguardar a independência e isenção da instituição que preside. Ele disse que,
mesmo tendo encontrado com três ministros do partido, após o encontro da Executiva na terça-feira, não sabia naquela ocasião nem sabe hoje qual decisão cada um vai tomar. Ele se reuniu com Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Portos).
O peemedebista preferiu não comentar se há uma “pressa” da parte do PMDB em sentar na cadeira de presidente da República.
Oposição O presidente do Senado disse que, embora não fale pelo partido, não acredita que o PMDB vá para a oposição caso o impeachment de Dilma não seja aprovado pelo Congresso. Ele afirmou que não vê, em qualquer cenário, que a legenda vá liderar uma corrente antigoverno no Parlamento. Para ele, a maioria parlamentar já está tão difícil de se formar e será mais ainda se o PMDB se ausentar.
“Eu acho que não (o PMDB ir para a guerrilha) porque, na medida em que você permite a radicalização das posições, você deixa de defender o interesse nacional e quando você abre os olhos apenas para a disputa de poder e fecha os olhos para a defesa de valores como a democracia, a liberdade, a governabilidade, você sem dúvida inverte os papéis”, avaliou.
Correio do Povo



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