SEM SALÁRIO, NÃO HÁ TRABALHO’
Cpers realiza protesto contra parcelamento de salários
Cpers realiza protesto contra parcelamento de salários
Cerca de 62 mil profissionais da educação do Rio Grande do Sul, ligados ao Cpers, foram atingidos pelo parcelamento dos salários de julho. A partir da medida implantada pelo Governo do Estado na nesta sexta (31) a categoria resolveu aderir à paralisação geral dos servidores públicos estaduais. Sem aulas nas escolas da rede estadual nesta segunda-feira (3), a categoria em Palmeira das Missões realizou um protesto contra a medida.
O ato reuniu aproximadamente 400 pessoas, segundo estimativa do próprio Cepers. Os participantes saíram em caminhada até a 20ª Coordenadoria Estadual de Educação. Élcio Pistório, vice-presidente do Cpers, explica que há a intenção de conscientizar os educadores sobre dificuldades que possam aparecer nos próximos meses. “Não podemos ficar a mercê de governos passageiros. Trabalhamos o mês inteiro e merecemos receber os nossos salários de forma integral. Sem salário não há trabalho”, argumenta.
Ainda de acordo com Élcio, professores e diretores de escolas decidiram reduzir o tempo das atividades em sala de aula até o próximo dia 17. A partir de amanhã, terça-feira (4), as atividades serão retomadas, mas com diminuição na carga horária dos professores em sala de aula. No dia 18 o Cpers realiza assembleia estadual para deliberar sobre greve.
video creditos Prof Patricia Signor
Para Arlete Assis, servidora há 21 anos da Escola Venina Palma, o protesto é um direito da classe, aja vista o prejuízo causado pelo parcelamento. “Meu intuito não é partidarizar. Estamos tomando um choque com o governo Sartori, mas não podemos das medidas implantadas em governos anteriores. Lamento muito que os funcionários estejam pagando o preço por tudo isso que está acontecendo”, ressalta.
Pedro Niácome/TP