Campeonato de Pastoreio acontece em Palmeira
Só quem vive a realidade do trabalho com rebanhos pode avaliar adequadamente a importância de se reduzir esforços e stress em seu dia a dia. A rotina é quase sempre árdua e depende de muito conhecimento e dedicação. Pastorear, para quem não está habituado com o “português campeiro”, significa agrupar, conduzir e cuidar de rebanhos. Trata-se de um “jogo de pressões” e leitura das situações. Fazer com que o rebanho se desloque ou permaneça em um certo local depende de muita técnica e de um certo “poder de convencimento”, muita linguagem corporal e posicionamento correto.
É aí que um bom cão faz a diferença.
O Border Collie é um cão de pastoreio e trabalho, desenvolvido pelos britânicos há mais de cem anos. Sua principal característica é a capacidade de lidar especialmente bem com rebanhos. Em seu país de origem, estima-se que 98% de todas as propriedades rurais utilizem cães para auxiliar no trabalho com o rebanho, e grande parte destes cães são borders. É um cão com extrema vitalidade e uma enorme necessidade de executar tarefas, por isso não é incomum encontrar relatos de borders que, na falta de um rebanho de ovelhas para cuidar, acaba pastoreando patos, crianças, qualquer coisa que se mova.
O Border Collie é um cão de pastoreio e trabalho, desenvolvido pelos britânicos há mais de cem anos. Sua principal característica é a capacidade de lidar especialmente bem com rebanhos. Em seu país de origem, estima-se que 98% de todas as propriedades rurais utilizem cães para auxiliar no trabalho com o rebanho, e grande parte destes cães são borders. É um cão com extrema vitalidade e uma enorme necessidade de executar tarefas, por isso não é incomum encontrar relatos de borders que, na falta de um rebanho de ovelhas para cuidar, acaba pastoreando patos, crianças, qualquer coisa que se mova.
O produtor Bernardo Portela de Souza garante que o border collie traz vários benefícios para o trabalho no campo. “Agilidade no serviço, atividade com grandes rebanhos e auxílio no aparte de ovelhas, são algumas das vantagens. Ele tem capacidade de trazer ou levar um rebanho de ovelhas ou de gado a 800 metros de distância do pastor, o que agiliza o serviço na fazenda”, explica Bernardo. Além da habilidade, a raça possui outra vantagem: um baixo custo de manutenção, sendo a alimentação de qualidade e vacinas em dia as únicas exigências.
O treinamento para o trabalho começa nos primeiros seis meses de vida, quando o cão é apresentado ao rebanho e deve utilizar uma coleira e guia, para evitar acidentes. Passada essa fase, é iniciado, junto ao rebanho, o treinamento de comando de voz, com frases como: deitar, circular para direita, circular para esquerda, andar, andar devagar, morder, olhar para trás e ir para trás. Depois disso, é ensinado o pastoreio de longas distâncias.
O palmeirense Charlei Battisti realizou o curso de adestramento no início de 2014, e hoje participa de Campeonatos com seu border collie Boy. “Fiz o curso para acompanhar um amigo e acabei gostando das características da raça e do desafio de efetivar um treinamento, que exige muita paciência e leitura do cão. Boy hoje é o primeiro colocado do ranking estadual na categoria ranch bovinos e 3º na ranch ovinos”, revela Charlei.
Nos dias 3 e 4 de outubro, Palmeira das Missões vai receber a 10ª Etapa do Campeonato Gaúcho e Final Double Lift Ovinos, promovida pela Associação Gaúcha de Criadores de Border Collie. A prova é dividida em quatro categorias: Novatos, Ranch, Open e Double Lift para ovinos e bovinos. Cada uma tem seu percurso e tempo específico, indo do trajeto mais simples do novato até o mais complexo do Double Lift. A prova é aberta ao público tanto para assistir quanto para participar com o seu cão de pastoreio, mediante inscrição. Maiores informações no sitewww.agbc.com.br.
Camila Scherer/TP